Murray Gell-Man morreu aos 89, na sexta-feira, em Santa Fé, no Novo México. Recebeu o Nobel da Física em 1969, no seguimento das suas descobertas quanto à classificação de partículas elementares e às suas interações. A morte, cuja causa não é conhecida, foi confirmada no domingo pela porta-voz do Instituto de Santa Fé.
Nascido em Nova York, Murray queria estudar arqueologia, mas, influenciado pelo pai, acabou por estudar física em Yale e mais tarde tirou uma pós-graduação no MIT (Massachusetts Institute of Technology).
O seu contributo para a ciência é imenso, mas ficou conhecido por mudar a forma como a comunidade científica olha para a física. Elaborou um método que divide as partículas em grupos de oito, baseado na carga elétrica, entre outras características: o caminho dos oito preceitos. Este foi o método que mais tarde levou à explicação do modelo quark, que agora está na base de toda a física quântica.
Murray, que nasceu em Nova Iorque, a 15 de setembro de 1929, foi professor na Caltech, no estado da Califórnia e estudou, já depois do modelo quark, tópicos da biologia, ecologia, sociologia e ciência da computação. Co-fundou o Instituto Santa Fé para estudar sistemas complexos e, em 1994, publicou o livro “O Quark e o Jaguar” para apresentar as suas teorias a um público mais abrangente.