A presidente da Câmara Municipal de Paris, a socialista Anne Hidalgo, anunciou esta quinta-feira um conjunto de várias medidas para “acabar com a anarquia” provocada pelas trotinetes elétricas alugadas através de uma aplicação de telemóvel que, à semelhança de Lisboa, estão um pouco por toda a capital francesa.

“Cada semana é marcada por um caso. Não pode ser mais, é preciso ordem e regulação”, disse a autarca parisiense. “Esta atividade deve desenvolver-se de em consonância com os valores da nossa cidade”, acrescentou, criticando aquilo a que chamou de “uberização da nossa sociedade”.

As medidas anunciadas, que vão ser aplicadas dentro de poucos meses, dizem respeito a vários âmbitos das trotinetes elétricas.

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O primeiro passo para regular mais esta atividade passará pela redução drástica do número de operadoras, como são a Lime e a VOI. Atualmente, especificou Anne Hidalgo, há 12 empresas deste género a operar em Paris — mas o objetivo será reduzi-las a apenas “duas ou três”.

Depois, será também limitado o crescimento do número de trotinetes. Perante a previsão de 40 mil daqueles veículos a circular até 2020, estimada pelos operadores, Anne Hidalgo disse que “neste momento há 12 operadoras e 20 mil máquinas, o que é demasiado”.

Além disso, o estacionamento de trotinetes elétricas vai passar a ser proibido nos passeios. A partir de agora, aqueles veículos devem estar estacionados nos mesmos sítios dedicados aos carros e às motas — isto é, à beira das estradas, sempre que seja permitido. De momento, a autarquia parisiense cobra às operadoras 45 euros por cada trotinete removida.

A circulação de trotinetes elétricas será também proibida em parques e jardins, além de que a sua velocidade máxima será reduzida de 25 km/h para 20 km/h. Nas zonas de circulação exclusiva para peões, a velocidade máxima destes veículos passará a ser de 8 km/h.

De acordo com os Les Echos, a circulação com trotinetes elétricas nos passeios (desde que não em ciclovias) é atualmente punida com uma multa de 135 euros