O Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, foi este domingo integrado na área classificada pela UNESCO como Património Mundial da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, disse à agência Lusa a diretora do Museu, Ana Alcoforado.

A inclusão do Museu Nacional Machado de Castro na área classificada como Património Mundial, em 2013, foi decidida na 43.ª Sessão do Comité do Património da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que está a decorrer em Baku, no Azerbaijão, até 10 de julho.

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O Museu Nacional Machado de Castro não foi incluído na área que veio a ser classificada em 2013 por se encontrar em trabalhos de restauro e remodelação na ocasião em que foi apresentada a respetiva candidatura (quando a Alta Universitária e Rua da Sofia foram classificadas Património da Humanidade, os trabalhos no museu já estavam concluídos).

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Monumento nacional desde 1910, o espaço do museu foi centro administrativo, político e religioso na época romana, foi templo cristão, pelo menos desde o séc. XI e paço episcopal a partir da segunda metade do séc. XII, refere a Direção-Geral do Património, na sua página na internet.

O Santuário do Bom Jesus, em Braga, e o conjunto composto pelo Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada de Mafra também receberam este domingo a classificação de Património Cultural Mundial da UNESCO.

Diretora do museu em Coimbra considera classificação “imperativo da cidadania mundial”

A diretora do Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), Ana Alcoforado, diz que sente a integração do museu na área classificada como Património Mundial em Coimbra, este domingo decidida pela UNESCO, como um “imperativo da cidadania mundial”.

Enquanto “espaço fundacional da cidade, contentor de uma riquíssima materialidade que preserva uma memória histórico-artística comum”, a diretora do museu “sente este processo de inclusão na área classificada – Universidade de Coimbra, Alta e Sofia – como um imperativo da cidadania mundial”, afirma Ana Alcoforado, citada numa nota hoje divulgada, a propósito desta decisão da UNESCO.

“Este é um momento de celebrar e de reafirmar a determinação de estar cada vez mais próximo da comunidade que, ao longo de séculos, construiu a nossa identidade, e de abraçar e arquitetar novos desafios “, destaca Ana Alcoforado.

A aprovação pelo Comité do Património Mundial da inclusão do Museu Nacional de Machado de Castro na área classificada como Património Mundial permite o reforço do valor excecional do Bem e vem consolidar a realização e redefinição de programas de âmbito cultural e de fruição patrimonial para a Alta da cidade, sustenta.