Vegetação verde, capim seco, solo poeirento e um pôr-do-sol tão dourado que, por instantes, roubou o protagonismo aos quatro palcos do festival — são estas as vistas que se têm na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, onde o Super Bock Super Rock acaba de regressar, após quatro edições no Parque das Nações, em Lisboa. E que bem que soube voltar ao campo, sobretudo num dia de lotação esgotada, o único, para já, nesta 25ª edição do festival.

Chegar ao recinto foi uma tarefa difícil (como é da praxe, só já não nos lembrávamos). Lá dentro, foi fácil recordar os velhos tempos. A organização do espaço inverteu-se — os placos vieram para a área anteriormente ocupada pelo parque de estacionamento — e formou uma espécie de vale encantado. O pó, esse velho amigo, não chegou a mostrar toda a sua ferocidade. Ainda assim, este não é um festival limpinho para meninos da cidade. Ou melhor, os meninos da cidade vêm cá, mas sabem que vão sujar-se.

© ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Em matéria de estilo, assistimos a um desfile de estéticas fortes e visuais identitários. Elaborar sobre tendências torna-se pouco relevante quando temos à frente uma miscelânea de padrões florais, transparências negras, calças cargo e vestidos vaporosos. Ao início da noite, já era evidente: Lana del Rey era a razão pela qual 90% dos festivaleiros estavam ali. De caminho, a mesma fatia de gente aproveitou a golden hour e a moldura natural para alimentar o Instagram. Fizeram bem. Mil vezes o pó do Meco (que nem foi assim tanto) do que o entra e sai do pavilhão no Parque das Nações.

Na fotogaleria, veja as imagens de street style deste primeiro dia de Super Bock Super Rock, agora de volta ao Meco.

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