De acordo com uma sondagem da Pitagórica para o JN e TSF, os socialistas estão a um milímetro da maioria absoluta nas legislativas de outubro. Se as eleições fossem hoje, o PS de António Costa teria 43,2% dos votos, e ficaria a uma distância significativa do segundo partido mais votado, o PSD, que se cingiria aos 21,6%, praticamente metade do PS. Com 43% dos votos, contudo, Costa não chegaria, ainda assim, à maioria absoluta: em 1999, os 44% obtidos por António Guterres foram insuficientes (foi precisa a ajuda de um deputado do CDS), e só em 2005, com 45% dos votos, é que o PS de José Sócrates conseguiu governar sozinho.

A dois meses das legislativas, e numa altura em que António Costa tem reforçado a intenção de reeditar os acordos da “geringonça”, aos mesmo tempo que consegue aprovar no Parlamento uma alteração à legislação laboral com o apoio da direita, a tendência do PS tem sido de crescimento galopante nas intenções de voto: tem hoje mais três pontos do que na sondagem de maio, mais seis do que na de abril e mais 11 do que nas legislativas de 2015.

Tendência inversa acontece com o PSD, que vale hoje menos 11 pontos do que nas legislativas de 2015, altura em que, aliado ao CDS, foi a força política mais votada, apesar de não ter conseguido formar governo. Em terceiro lugar na sondagem aparece o Bloco de Esquerda, com 9,2% dos votos, e a CDU sobe três décimas face à última sondagem, registando agora 6,8% dos votos. Imediatamente abaixo vem o CDS de Assunção Cristas, com 6%, seguido do PAN com 3,6% e depois o Aliança de Santana Lopes, com 1,2%.

Em termos de popularidade dos líderes, António Costa lidera com uma taxa de aceitação de 26%, e uma taxa de rejeição de 41% (que é a mais baixa de todos os líderes partidários). Pedro Santana Lopes é quem tem uma taxa de rejeição mais elevada (77%), seguido de Jerónimo de Sousa, onde 73% dos inquiridos diz jamais votar nele para primeiro-ministro, e de Assunção Cristas, onde 70% dos inquiridos a dar um cartão vermelho à líder centrista. A taxa de rejeição de Rui Rio fixa-se nos 54%, enquanto apenas 14% dos inquiridos diz que votaria com firmeza no líder do PSD para primeiro-ministro.

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