O secretário-geral do PS contou esta terça-feira que ouviu queixas por causa da falta de comboios, sobretudo na linha de Sintra, mas defendeu que está em curso um plano para o aumento da oferta de transportes públicos.

António Costa viajou esta manhã de comboio entre Rio de Mouro (no concelho de Sintra) e a Reboleira (no município da Amadora) e, depois, de metro, na linha azul, até à estação da Pontinha (em Lisboa). Um percurso em que esteve acompanhado pelos presidentes das câmaras de Sintra (Basílio Horta), da Amadora (Carla Tavares), de Odivelas (Hugo Martins) e de Lisboa (Fernando Medina).

No final, perante os jornalistas, o líder socialista destacou o objetivo “da urgência do combate às alterações climáticas”, defendeu “a importância da descentralização” na gestão e organização dos transportes públicos urbanos, salientou a “fortíssima redução” do tarifário e o aumento significativo de utentes nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, mas falou também de problemas.

“As pessoas transmitiram-me muita satisfação com os novos passes, mas insatisfação com o facto de haver poucos comboios. A queixa que ouvi – e é uma realidade que nós conhecemos – é que há muitas supressões na linha de Sintra”, sintetizou o secretário-geral do PS logo após ter saído do metro na estação da Pontinha.

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No entanto, na perspetiva de António Costa, tal como referiu já ter acontecido no metro de Lisboa, na Soflusa e na Transtejo, a situação na CP (Comboios de Portugal) tende a regressar à normalidade em termos de oferta.

Estamos a investir para melhorar a oferta: Estão concluídos os concursos para o alargamento da rede de metro do Porto e de Lisboa; foram lançados concursos para a aquisição de 22 novas composições para a CP; estão contratados novos funcionários para a EMEF (Empresa de Manutenção der Equipamento Ferroviário) para fazerem o trabalho de recuperação das dezenas de composições da CP que estavam paralisadas por falta de manutenção; e encontra-se em curso a aquisição de novos navios para a Transtejo e Soflusa”, sustentou o secretário-geral do PS.

Neste ponto, António Costa advertiu que as mudanças ao nível da oferta não podem ser súbitas e que a abertura de um concurso para a compra de um comboio “não é como ir a um stand comprar um automóvel”.

“Leva quatro ou cinco anos. Temos dezenas de comboios parados por falta de manutenção e, por isso, a prioridade, a par da abertura do concurso, foi repor capacidade produtiva na EMEF”, insistiu.

De acordo com António Costa, “todos os dias estão a entrar em operação novos comboios”.

“O mesmo que, aliás, fizemos com o metro. No início desta legislatura, cerca de 30% das composições estavam paradas, mas hoje estão todas a funcionar. Idêntico trabalho, de resto, foi igualmente feito na Transtejo e na Soflusa, onde todos os navios estão a navegar. Onde já conseguimos repor a normalidade da manutenção já conseguimos repor a normalidade da oferta”, acrescentou.