Portugal manteve em 2018 o sétimo lugar na tabela de fornecedores de Moçambique e cresceu enquanto cliente, de acordo com o capítulo sobre comércio externo do novo anuário do Instituto Nacional de Estatística (INE) moçambicano.

Portugal reduziu a participação no total das importações moçambicanas de 4,22% para 3,32% e viu cair ligeiramente o valor de vendas ao país lusófono, de 242 milhões de dólares em 2017 para 230 milhões de dólares em 2018.

Os principais produtos portugueses destinados a Moçambique incluem medicamentos, químicos, alimentos e bebidas, óleos derivados de petróleo, livros, materiais de construção, eletricidade e alguma maquinaria.

Já do outro lado da balança, Portugal passou a fazer mais compras a Moçambique, passando do 18.º para o 16.º lugar entre 2017 e 2018. Portugal quase que duplicou o valor das aquisições: de cerca de 22 milhões de dólares em 2017 para 41 milhões em 2018. Deste valor, 17,7 milhões de dólares foram destinados à compra de crustáceos, enquanto 14,8 milhões foram empregues na aquisição de açúcar de cana. Ainda assim, a quota no total de destinos de exportação de Moçambique é inferior a 1% (ficou em 0,82% que compara com 0,46% em 2017).

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O anuário estatístico do INE moçambicano foi divulgado na segunda-feira no seu portal na Internet e consultado esta terça-feira pela Lusa.

Ao nível do comércio externo, o défice da balança comercial do país agravou-se de 1.020 milhões de dólares em 2017 para 1.931 no último ano, lê-se no documento.

Os principais produtos de exportação continuam a ser o carvão mineral, barras e perfis de alumínio, eletricidade e gás natural, com as areias pesadas em quinto lugar a ganharem maior preponderância em relação a 2017. Seguem-se produtos agrícolas e de pesca: tabaco, açúcar, bananas, camarão, madeira, caju, algodão e lagosta.

Do lado da importação, Moçambique compra sobretudo maquinaria, gasóleo e cereais.