A nuvem de fumo dos incêndios na Austrália já atravessou o Oceano Pacífico e chegou à Argentina e ao Chile, a mais de 11 mil quilómetros de distância.

A notícia é avançada pela Organização Meteorológica Mundial (WMO), das Nações Unidas, que mostra fotos de satélite onde é possível ver uma mancha de fumo sob o continente sul-americano.

O fumo foi detetado na terça-feira e, em Bueno Aires, foi possível observar um pôr-do-sol alaranjado pelo efeito dos gases libertados pelos incêndios na Austrália.  No Chile, relatos apontam para céus cinzentos, apesar de a WMO assegurar que a qualidade do ar não é prejudicial à saúde na América do Sul.

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No dia 2 de janeiro, o satélite Copérnico encontrou a maior concentração atmosférica de monóxido de carbono sobre o sul do Oceano Pacífico, arrastado pelo vento desde a Austrália.

Segundo a organização, os fogos florestais são responsáveis pela libertação de gases tóxicos como o monóxido de carbono e óxido de nitrogénio, mas estes mesmos fogos são já responsáveis pela libertação de 400 megatoneladas de dióxido de carbono para a atmosfera. No panorama nacional, os níveis deste último gás nem estão particularmente elevados, mas em Nova Gales do Sul (onde o fogo deflagra com maior intensidade) os níveis são muito superiores à média dos últimos anos.

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