O presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, anunciou esta terça-feira o investimento de 200 milhões de euros em “novos projetos eólicos” na região do Alto Tâmega, que permitirão fornecer energia limpa aos 800 mil clientes em Portugal.

“Estamos a promover outros novos projetos eólicos nesta mesma área [Alto Tâmega] que significarão um investimento de 200 milhões de euros”, destacou o responsável pela empresa espanhola. Ignacio Galán falava em Ribeira de Pena, após a visita à barragem de Daivões e sub-estação de Gouvães, no distrito de Vila Real, inseridas no Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET) um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa, nos últimos 25 anos, contemplando investimento de 1.500 milhões de euros e da responsabilidade da Iberdrola.

A visita contou também com a presença do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes. O presidente da Iberdrola explicou ainda que este investimento irá permitir “fornecer energia limpa” aos 800 mil clientes que a empresa tem em Portugal.

“A Iberdorla deseja continua a crescer em Portugal e não havia melhor lugar para manifestar este compromisso do que neste SET”, vincou.

Para Ignacio Galán, a empresa espanhola pretende “continuar a promover a transição energética” em Portugal, bem como a “criação de riqueza e bem estar para todos os portugueses”. Recordando que a utilização de energia limpa é a base do modelo da Iberdrola, o responsável lembrou que o SET irá contribuir de forma “muito relevante” para o cumprimento da redução das emissões de carbono do Governo português.

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Segundo dados divulgados pela Iberdrola, a barragem do Gouvães encontra-se atualmente 75% concluída, enquanto a de Daivões está em 68% e a do Alto Tâmega em 42%. Prevê-se que em 2023 esteja concluído todo o SET.

O projeto hidroelétrico foi apresentado oficialmente em 2009, no ano a seguir perdeu uma das quatro barragens inicialmente previstas por imposição da Declaração de Impacto Ambiental (DIA), as obras começaram em 2014 e devem estar concluídas em 2023. Ao longo desta década, o empreendimento foi alvo de muita contestação por parte de associações ambientalistas e de moradores dos concelhos afetados. O enchimento das albufeiras de Daivões e de Alto Tâmega vai ter impacto em 52 casas.

O empreendimento emprega cerca de 1.800 pessoas, das quais perto de 370 são dos municípios da região, e contará com uma potência instalada de 1.158 megawatts (MW), alcançando uma produção anual de 1.760 gigawatts hora (GWh), ou seja, 6% do consumo elétrico do país.