A edição deste ano do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 iniciou-se sob a ameaça do coronavírus e, de momento, a pandemia que veio da China está a revelar-se substancialmente mais rápida a espalhar-se do que os bólides da disciplina máxima do desporto automóvel. O primeiro Grande Prémio (GP) do ano deveria ter-se realizado na China, mas o medo em relação ao coronavírus aconselhou que a prova chinesa fosse remarcada para data incerta, algures durante 2020.

A Austrália era o GP que se seguia, com as equipas a rumarem a Melbourne para a prova deste fim-de-semana. Mas também isso não está a correr de feição. Não só o país já conta com um importante número de infectados, incluindo celebridades como o actor Tom Hanks, que ali está em trabalho, como alguns membros do circo da F1 revelam sintomas que fizeram disparar os alarmes.

Um dos casos mais graves atacou a equipa da McLaren, ainda que os pilotos Carlos Sainz Jr e Lando Norris não tivessem sido afectados. Porém, um dos técnicos da equipa sentiu-se mal e foi declarado infectado pelo coronavírus. O funcionário ficou de quarentena num hospital local, enquanto o resto dos elementos da equipa, que contactaram de perto com o infectado, optaram por se retirar da corrida para poderem ser testados e analisados ao longo dos próximos dias.

Mas nem só da McLaren se fala em Melbourne, uma vez que também a Haas aguarda os resultados dos testes realizados a quatro dos seus técnicos, com a equipa americana a anunciar que se iria retirar caso desse positivo. A Federação Internacional do Automóvel (FIA) e os organizadores da prova têm sido criticados pelo público, pelos pilotos e pelas equipas por não terem ainda anulado o evento, com a FIA a anunciar que continua a acompanhar com as autoridades a evolução e a dimensão do problema. A primeira sessão de treinos está prevista para sexta-feira, 13 de Março.

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