O PSD, através do seu Conselho Estratégico Nacional (CEN), já apresentou alguns contributos que considera que vão ajudar a economia nacional a enfrentar o Covid-19. Uma das medidas que o PSD propõe é que o “Estado, a nível central, regional e local” possa pagar “durante as próximas duas semanas” os cerca de “quatro a cinco mil milhões de euros de dívidas a fornecedores“, usando a almofada financeira do IGCP.

O presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD, Joaquim Sarmento, explica em nota enviada às redações que esta medida “injeta liquidez imediata nas empresas e não afeta o défice, dado que a despesa que deu origem a essa dívida a fornecedores, em contas nacionais, já foi registada”.

Para o já chamado de “Centeno do PSD”, a medida é assim “possível do ponto de vista da liquidez do Estado, usando os depósitos do IGCP — a chamada ‘almofada financeira’ que serão cerca de 10 a 12 mil milhões de euros“. Esta almofada, considera Sarmento, “pode ser reforçada ou através de um aumento das emissões de bilhetes de Tesouro ou através de uma emissão de médio prazo de obrigações do Tesouro”.

O PSD explica ainda que, no âmbito do CEN juntou “um conjunto de economistas e gestores”, e a breve prazo vai elencar um “conjunto de medidas, quer nacionais, quer de propostas a nível Europeu, para procurar mitigar a crise de liquidez que já se abate sobre as empresas nacionais, e que se irá agravar muito durante os meses de abril e maio”.

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Mais à frente — em maio-junho, “quando os efeitos económicos e financeiros do Covid-19 forem já mensuráveis e já se tiver uma ideia clara da resposta a nível Europeu” —  o mesmo grupo irá apresentar “um programa de recuperação da economia nacional e de aumento da sua competitividade, de capitalização das empresas e de aumento da competitividade, via mais investimento, exportações e emprego”.

O PSD reforça a importância do que está a ser feito a nível da saúde, mas destaca que “salvar a economia é igualmente fundamental” e que “Portugal não pode sair desta crise de saúde pública com uma economia destruída”. Para os sociais-democratas, “salvar a economia é salvar as empresas, os empregos e consequentemente os rendimentos das famílias”.

Joaquim Miranda Sarmento revela ainda que “nestas últimas semanas, o PSD tem mantido contacto com o Governo, procurando apoiar as medidas tomadas, analisando-as e contribuindo com sugestões e propostas para a sua melhoria”. É nesse âmbito que surgem estas propostas. O PSD quer garantir “que o máximo de empresas que fecharam ou venham a fechar temporariamente por causa do covid-19 voltem a abrir quando a quarentena e este período de exceção passar”.

Para o PSD quer “a resposta à crise imediata de liquidez, quer o programa que em junho terá de ser apresentado para recuperar a economia” tem de passar por uma resposta a nível europeu. Os sociais-democratas defendem que assim “uma resposta ao nível dos instrumentos Europeus, como o Mecanismo Europeu de Estabilidade, o Banco Europeu de Investimentos o Banco Central Europeu”.