A Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC) indicou esta quinta–feira que 85% das operações das empresas suas associadas estão a ser feitas totalmente em teletrabalho, por causa da pandemia da Covid-19.

Com 92 associados, que representam 12 setores da economia portuguesa, a APCC explica, em comunicado, que “85% [das operações] já estão em teletrabalho”, correspondendo, assim, “à situação de emergência que Portugal atravessa, face ao surto do novo coronavírus e em nome da segurança”. A associação refere que é desta forma que “se protege a segurança dos colaboradores e de todos os que com eles possam contactar, mantendo os padrões de excelência dos serviços que prestam, neste momento mais indispensáveis do que nunca”.

A APCC diz que 91% das empresas dos “contact centers” (centros de atendimento telefónico) têm pelo menos 90% das suas operações em teletrabalho e mais de metade têm a 100%. A APCC refere que, “desde o início da pandemia, todas as empresas implementaram detalhados planos de contingência que preveem, entre outras medidas, horários rotativos, horários de almoço alternados, colaboradores dispersos por diferentes salas e em mesas dispostas em W”.

Afirma igualmente que toda a comunicação e as reuniões são feitos através de plataformas ‘online’, de forma a “garantir o devido distanciamento” entre os colaboradores.

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O Sindicato dos Trabalhadores de “Call Center” (STCC) convocou uma greve a partir do dia 24 de março para exigir teletrabalho para todos estes profissionais, “sem qualquer perda de rendimentos”, em pleno surto da covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil. Dos casos de infeção, cerca de 180 mil são considerados curados.

Portugal regista esta quinta-feira 209 mortes associadas à Covid-19, mais 22 do que na quarta-feira, e 9.034 infetados (mais 783), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).