Portugal tem agora um total de 9.886 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta sexta-feira, dia 3 de abril. Houve um aumento de 852 casos, num acréscimo percentual de 9,4%, ligeiramente inferior aos 9,5% da véspera. Já o número de mortes subiu de 209 para 246, com especial incidência na região Norte, o maior aumento diário de vítimas mortais em Portugal: 37, sendo que o número mais alto registado até agora era 27 (mais 18%). De destacar o primeiro óbito confirmado na região do Alentejo e a subida da taxa de mortalidade para os 2,5% (2,31% na véspera).
A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta sexta-feira, dia 3 de abril, pode ser feita através de vários pontos distintos, a saber:
Número total de casos, mortes e recuperados
Portugal registou o maior aumento diário de vítimas mortais, com mais 37 óbitos em relação ao dia de ontem. Segundo o Relatório da Direção de Saúde sobre a situação epidemiológica desta sexta-feira, dia 3 de abril, Portugal tem agora 246 vítimas mortais, uma subida de 18% que coloca a taxa de mortalidade global nos 2,5%. Em relação aos casos confirmados, registam-se agora 9.886, um aumento bruto de 852 que representa um aumento percentual de 9,4%, ligeiramente inferior aos 9,5% de ontem. O número de casos recuperados, que ontem cresceu em 15 casos, mantém-se agora nos 68.
Caracterização dos óbitos
Primeira morte no Alentejo. Portugal registou mais 37 mortes nas últimas 24 horas, o pior dia do país a nível de aumento de vítimas (até aqui, o aumento máximo ficava nos 27). Mantém-se a incidência nas pessoas acima dos 70 anos (33 das 37 mortes do último dia), que representam agora 87,7% das 246 mortes por Covid-19 (156 acima dos 80 anos, 58 entre os 70 e os 79 anos). Continuam a existir apenas dois casos, ambos de mulhres, abaixo dos 50 anos, entre as vítimas com menor idade. A nível de regiões, registou-se a primeira vítima mortal no Alentejo. A região Norte continua a ser a mais fustigada (mais 23 óbitos, num total de 130), seguida do Centro (mais 6, 61 no total) e de Lisboa e Vale do Tejo (mais 7, total de 51). A região do Algarve mantém as três vítimas mortais que já registava ontem, enquanto que Madeira e Açores continuam sem óbitos.
Caracterização do número de casos por região
Existem novos casos nas últimas 24 horas em todas as regiões do país. O Norte volta a ser a região com o maior aumento de casos em termos brutos, 561, um acrescento de 10,6% para um total de 5.899. Ainda assim, a maior subida registou-se na região Centro, com mais 125 casos num total de 1.286 (10,8%). Em Lisboa e Vale do Tejo, o aumento foi de 6,3%, 140 casos num total de 2.347, e o Algarve tem agora mais 15 casos num total de 179, um aumento de 9,2%. O Alentejo regista mais três casos num total de 62 (5%), os Açores têm mais seis num total de 63 (10,6%) e a Madeira tem mais dois, num total de 50 (4,2%).
Número de países e casos importados
Mais 18 casos importados, o mesmo aumento registado esta quinta-feira, com destaque para os Estados Unidos. O boletim da DGS mantém os 39 países mas aumenta o número de casos importados para 578. Os Estados Unidos foram o país com mais novos casos (seis, num total de 17). Três países registaram um aumento de cinco casos (Espanha, num total de 152, Reino Unido, num total de 59, e Suíça, num total de 39). Foram ainda registados aumentos noutros cinco países: Áustria (mais dois, num total de seis), Andorra (mais três, num total de 21), Argentina (mais um, num total de 11), Brasil (mais um, num total de 14) e ainda França (mais um, num total de 107). De registar ainda uma correção face à situação de Cabo Verde: o boletim desta quinta-feira, dia 2, apontava para quatro casos importados do país africano, mas esse número cai no boletim desta sexta-feira para apenas um.
Número de casos por grupo etário
Casos acima dos 80 anos são agora 1.156. A maior concentração de casos mantém-se entre os 40 e os 59 anos, onde estão confirmados 3.613 casos positivos, cerca de 36,6% dos 9.886 globais no país. De registar um aumento de 16 casos nos rapazes entre os 0 e os 9 anos, num total de 68. Nessa faixa etária, em termos globais, existem agora 133 casos confirmados, sendo que entre os 10 e os 29 anos estão agora concentrados 1.241 casos.
Número de casos internados e nos cuidados intensivos
Depois do aumento exponencial de ontem, em que os casos internados subiram para 1.042, um escalada de 44%, Portugal regista esta sexta-feira aumentos ligeiros tanto nos casos hospitalizados como nos casos sujeitos a cuidados intensivos. Existem mais 16 pessoas em situação de internamento (1.058 no total) e mais cinco pessoas em Unidades de Cuidados Intensivos (245 no total).
Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados
Mais 434 pessoas à espera do resultado do teste à Covid-19, num universo total de 5.392. Os casos não confirmados aumentaram exponencialmente, na ordem dos 9 mil, dos 52.903 indicados na véspera para os 59.099 apresentados esta sexta-feira. Os contactos em vigilância pelas autoridades de saúde também registaram um aumento, de 21.798 para 22.556.
Caracterização dos casos por género
Mais de 5.550 mulheres infetadas. Mantém-se a tendência de distribuição por género em Portugal, com as mulheres infetadas a serem agora 5.509 em números totais (55,7% do total de casos no país), quando esta quinta-feira eram 4.990. Em comparação, existem 4.377 homens infetados. As faixas etárias mais afetadas, tal como acontece nos valores globais, encontram-se entre os 40 e os 59 anos, onde 2.118 mulheres estão infetadas.
Número de casos por concelho
Lisboa continua a ser o concelho com mais casos: 634, mais 40 do que apresentado no boletim da véspera. Porto (606), Vila Nova de Gaia (449) e Gondomar são os concelhos que se seguem (424). Além destes, existem já outros sete concelhos com mais de duas centenas de casos positivos: Coimbra (201), Ovar (220), Sintra (242), Braga (305), Valongo (308), Matosinhos (368) e Maia (390).
Caracterização dos casos confirmados por sintomas
Tosse e febre continuam a ser os principais sintomas. Os sintomas apresentados entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 78% desses casos, a mesma percentagem desta quinta-feira) mantêm-se praticamente inalterados em relação aos últimos dias, com maior preponderância de tosse (60%) e febre (48%, menos 1%), seguidas de dores musculares (33%) e cefaleias (29%). Fraqueza muscular (25%) e dificuldades respiratórias (18%, menos 1%) são os sintomas com menor taxa de incidência.
