Os 30 utentes que testaram negativo para o novo coronavírus no lar principal da Misericórdia de Alverca já estão a ser retirados para um hotel requisitado pela Câmara Municipal. Nove dos 54 funcionários que também testaram negativo para a Covid-19 vão ser levados para as mesmas instalações.

De acordo com o diretor, a instituição teve esta sexta-feira a visita de uma das delegadas de Saúde do concelho, que, “após verificar as condições do local e tendo conhecimento do número de infetados”, determinou que a instituição “não tinha condições para a separação das pessoas, apontando como solução a evacuação total e a desinfeção do local”.

De acordo com Alberto Mesquita, presidente da Câmara Municipal, “toda a Proteção Civil [municipal] estará preparada” para a retirada “dessas pessoas, que vão para uma unidade hoteleira que a Câmara Municipal contratou para acolher estas pessoas”.

Esta manhã, o autarca já tinha adiantado que havia subido para 58 o número de pessoas infetadas no lar gerido pela Associação de Assistência e Beneficência da Misericórdia de Alverca. Trinta e nove utentes e 19 funcionários testaram positivo para o novo coronavírus. Esses permanecerão no lar.

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Os 20 testes à covid-19 que faltava fazer a idosos utentes de lares da Misericórdia de Alverca deram negativos, disse já este sábado à agência Lusa fonte da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

A assessora de imprensa da autarquia, Filomena Serrazina, afirmou que os resultados dos testes feitos pelo Hospital de Vila Franca de Xira foram conhecidos cerca das 17:30 e que os 20 idosos podem regressar à dependência do lar da Associação de Assistência e Beneficência da Misericórdia de Alverca onde vivem.

No lar principal da Misericórdia de Alverca foram registados 58 casos positivos de covid-19, incluindo 39 utentes e 19 funcionários.

A outra dependência, onde vivem as 20 pessoas cujos testes foram concluídos esta tarde, situa-se a 800 metros do lar principal, mas face aos resultados dos testes pode considerar-se uma “zona limpa” de covid-19, afirmou a mesma fonte.

Funcionários de fora estão a garantir serviços

Embora os casos positivos já tenham sido detetados na sexta-feira, os utentes infetados com Covid-19 tiveram de permanecer juntamente com os utentes não infetados nas instalações do lar principal, que tem vários pisos. “O nosso lar não está preparado para estabelecer corredores, isso tem de ser a autoridade de saúde a fazer”, vincou o diretor da associação.

Segundo o responsável, foi determinada a realização de testes aos funcionários da AABMA e aos utentes do primeiro piso do lar, onde se encontrava o utente infetado, e “só depois de alguma insistência foram disponibilizados testes para os 64 utentes e para os funcionários”.

O autarca de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, adiantou que, após um contacto com o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, foram disponibilizadas “algumas pessoas” — segundo João Simões voluntários da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social e da Cruz Vermelha — para garantir os serviços do lar, em substituição dos profissionais que trabalham neste equipamento, mas que dele sairão este sábado.

“Está garantida a alimentação”, acrescentou o autarca, adiantando também que “alguns funcionários cujo teste foi positivo vão ficar em quarentena em instalações do município”. Segundo João Simões, as refeições terão de ser asseguradas, porque “as cozinheiras estão infetadas”. Após uma reunião “extensa, mas produtiva” entre os vários intervenientes, Alberto Mesquita considera que “tudo o que era possível fazer foi feito”.

Atualizado às 19h54 de 18 de abril com o resultado aos testes do segundo lar.