O ministro da Saúde de Israel, Yaakov Litzman, disse que vai deixar o cargo, na sequência de uma controvérsia sobre a forma como lidou com a crise de covid-19 e a sua própria infeção.

Yaakov Litzman informou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que se afastava, enquanto o país forma novo governo, sem mencionar a sua muito criticada atuação enquanto ministro da Saúde, pasta que liderou na última década.

Em comunicado, afirmou que decidiu não integrar o Ministério da Saúde pela quarta vez, preferindo liderar um projeto mais abrangente para resolver a crise de habitação em Israel no Ministério da Habitação.

O Governo tem sido elogiado por manter a crise de coronavírus sob controlo.

Mais de 15.000 israelitas foram infetados e morreram cerca de 200 pessoas, mas Israel não tem visto o seu sistema de saúde sobrecarregado como outros locais duramente atingidos, como Itália ou Nova Iorque.

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Litzman, um ultraortodoxo sem formação médica, tem estado debaixo de críticas por surgir mal preparado em conferências de imprensa e resistir a propostas para apertar as medidas de confinamento que iriam afetar a comunidade religiosa do país.

No início do mês, Litzman foi diagnosticado com covid-19, aparentemente depois de ignorar as ordens do seu próprio ministério para evitar orações de grupo em locais públicos. Entretanto, recuperou.

O coronavírus causa sintomas ligeiros a moderados na maioria dos pacientes, que recuperam em algumas semanas.

Mas pode causar doença grave ou morte, particularmente em doentes mais velhos ou com outros problemas de saúde.

Com a crise aparentemente controlada, o Governo anunciou este domingo um novo abrandamento das medidas de confinamento.

Barbeiros, salões de beleza e outros pequenos negócios reabriram e os restaurantes estão autorizados a servir encomendas para fora pela primeira vez em quase dois meses.

Na semana passada, algumas lojas foram autorizadas a reabrir também. No entanto, os mercados de rua permanecem encerrados, devido aos receios de ressurgimento do surto.