Uma juíza federal decidiu que o estado de Nova Iorque é obrigado a realizar as eleições primárias do Partido Democrata para nomear um candidato presidencial, mesmo já só havendo um nome na corrida, avança o Politico. As primárias estão marcadas para o mês de junho, numa altura em que ainda se registam vários casos de Covid-19 no estado, o mais atingido pela pandemia em todos os EUA.

A decisão foi tomada na sequência do anúncio do Comité Eleitoral de cancelar as primárias na semana passada, o que foi contestado em tribunal pelo ex-candidato presidencial Andrew Yang, que argumentou que o cancelamento “nega aos eleitores o direito de votar”.

O Politico, que teve acesso à sentença, explica que a juíza Analisa Torres declarou que o facto de candidatos como Yang ou Sanders já não estarem na corrida “protege os eleitores da Covid-19 apenas até um certo ponto”. Proibir os eleitores “de participar numa eleição para nomear delegados do partido irá limitar drasticamente os seus direitos de associação”, considerou a juíza, relembrando que a corrida não serve para eleger por sufrágio direto um candidato, mas sim para nomear delegados que farão essa escolha.

Ao impedir a realização da eleição, acrescenta a magistrada, “privam-se os delegados de terem a oportunidade de assumir uma posição em que podem influenciar a plataforma do partido, votar em questões de gestão do partido, fazer pressão sobre o eventual nomeado em questões de políticas concretas e reagir a aconecimentos inesperados na Convenção”. Ou seja, Torres considera que os delegados devem ser todos eleitos, de forma a poderem ter influência na nomeação de Joe Biden como candidato presidencial na Convenção Democrata, marcada para o verão, e de o influenciarem em termos do programa político que adotará para a campanha.

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