Gradualmente os países procuram diminuir os efeitos que a pandemia poderá ter no turismo. Na Grécia, a temporada férias vai dar os primeiros passos a partir de 15 de junho, data em que os hotéis sazonais poderão reabrir. Duas semanas depois, a 1 de julho, serão retomadas as pontes aéreas a diferentes pontos turísticos do país.

O anúncio foi feito por Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro do país, num discurso para a televisão que apontou para a crise económica do país. “Vamos fazer deste verão o epílogo da crise”, disse o chefe do governo, que acrescentaria: “Vamos vencer a guerra económica, tal como vencemos a batalha da saúde”.

A verdade é que a Grécia conseguiu fugir do tornado da Covid-19 que se abateu sobre França, Reino Unido ou Itália de forma mais profunda: à data desta quarta-feira soma 2.850 pessoas com o novo coronavírus e 166 vítimas mortais. No entanto, não houve forma de escapar à crise económica, especialmente pelo peso que o turismo tem no Produto Interno Bruno.

Os visitantes poderão começar a chegar a partir de 15 de junho de carro, passando as restantes portas aéreas a ser abertas a 1 de julho. Não vão precisar de ficar de quarentena, mas serão sujeitos a testes à Covid-19. De acordo com o ministro do Turismo, Harry Theoharis, a prioridade será dada a estrangeiros com origem em territórios em melhor situação nesta fase da pandemia: Bulgária, Israel, Chipre, Alemanha e norte da Europa estarão entre os primeiros.

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A Grécia vai ainda cortar nos impostos cobrados nos transportes. Durante cinco meses, esse valor vai descer de 24% para 13%, traduzindo-se em passagens de autocarro, avião ou barco mais baratas. Por outro lado, haverá também cortes nas taxas sobre os cafés, refrigerentes e outras bebidas não alcooólicas.

Outros países da Europa já começaram também a planear o regresso do turismo: Itália prepara-se para reabrir fronteiras a 3 de junho, mas só para cidadãos da U.E. Contudo, o dia 15 de junho é a data em que vários destinos estarão alinhados: será a partir desse momento que os aeroportos estarão abertos na Islândia para os estrangeiros na generalidade (e terão de fazer teste à chegada) e o dia em que a Alemanha vai deixar cair as restrições para quem vive no espaço Schengen. França abrirá as fronteiras no mesmo dia, tal como a Suíça.

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