O jornalista, radialista e realizador Luís Filipe Costa, voz da revolução do 25 de Abril na rádio e autor de mais de 30 telefilmes de ficção, morreu esta terça-feira aos 84 anos, confirmou à agência Lusa fonte próxima da família.

Com carreira profissional iniciada como radialista e ator na Emissora Nacional, entrou depois para o Rádio Clube Português, onde veio a ler os comunicados do Movimento das Forças Armadas, responsável pela revolução do 25 de Abril.

Da rádio passaria para a RTP, onde trabalhou como argumentista e realizador, com um currículo de mais de 30 telefilmes e séries, como “A Borboleta na Gaiola”, “Morte D´Homem”, “Arroz Doce”, e “Esquadra de Polícia”.

Nascido a 18 de março de 1936, em Lisboa, Luís Filipe Costa foi também ator e encenador, e assinou os romances “A Borboleta na Gaiola” e “Agora e na Hora da sua Morte”.

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SPA recorda importância da obra do realizador Luís Filipe Costa

A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) lamentou esta terça-feira a morte do realizador e autor Luís Filipe Costa, que foi distinguido com o prémio de Consagração de Carreira da SPA e o Prémio Igrejas Caeiro em 2013.

A SPA manifesta o seu pesar pela morte do realizador de rádio e televisão e também escritor Luís Filipe Costa, de 84 anos, que foi secretário da Direção da cooperativa, logo após as eleições de setembro de 2003. Era cooperador desde março de 1978 e associado da cooperativa desde dezembro de 1958″, pode ler-se no comunicado da SPA.

Assim, a “SPA endereça à família de Luís Filipe Costa e em particular à sua viúva Isabel Medina, escritora, encenadora e também cooperadora da SPA, o seu mais sentido e solidário pesar, nunca esquecendo a importância da sua obra e da sua vida”.

Antes, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou a morte do radialista, jornalista e realizador Luís Filipe Costa, esta terça-feira, aos 84 anos, recordando que a sua voz “será sempre sinónimo de liberdade” e, a carreira, “sinónimo de rigor e de cultura”.

Da mesma forma, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte de Luís Filipe Costa, considerando que será sobretudo lembrado pelo seu “estilo inovador”, no Rádio Clube Português, em plena década de 1960, durante a ditadura.