O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, defendeu esta sexta-feira o reforço da colaboração entre as Forças Armadas e o Serviço Regional de Proteção Civil, sobretudo ao nível tecnológico, vincando a possibilidade de partilha de ‘drones’.

Esta ideia da utilização dos ‘drones’ e de a Região Autónoma da Madeira ser um dos espaços de ensaio dos ‘drones’ que estão a ser desenvolvidos [pelas Forças Armadas] vai ser muito importante para uma eventual cooperação a nível científico, com a universidade e os centros de investigação e as próprias empresas”, afirmou.

Miguel Albuquerque falava no Comando Operacional da Madeira, no Funchal, onde visitou o novo centro de operações, que dispõe agora de um sistema que permite a troca de informação entre os comandos operacionais dos três ramos das Forças Armadas – Exército, Marinha e Força Aérea -, bem como com o Serviço Regional de Proteção Civil, as forças e serviços de segurança e outras agências a operar no arquipélago.

É mais um passo importante para a salvaguarda do território nacional e da Região Autónoma da Madeira”, afirmou o chefe do executivo, reforçando: “É um passo decisivo para a proteção do nosso território e da nossa plataforma continental, para a prevenção, para o socorro e para a cooperação com a Proteção Civil.”

Miguel Albuquerque destacou a colaboração já existente entre as Forças Armadas e o setor civil, nomeadamente a participação no Plano Operacional de Combate aos Incêndios Florestais, mas vincou que esta deve ser reforçada.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Neste momento, é importante estreitar a colaboração também ao nível tecnológico”, disse, indicando como exemplo a possibilidade de partilha de ‘drones’ ou do radar meteorológico instalado no Porto Santo.

O comandante do Comando Operacional da Madeira, Dores Aresta, sublinhou também a interligação entre as Forças Armadas e o Proteção Civil da Madeira e realçou a importância do novo centro de operações nesta relação.

Terminámos a fase de instalação [do equipamento], agora vamos começar a fase de consolidação, que consiste na criação de uma rede militar única, que permitirá a partilha global de informação entre os órgãos conjuntos e os ramos das Forças Armadas”, esclareceu.

O processo passa pela instalação de meios aéreos não tripulados – ‘drones’ -, que poderão operar a partir de posições estratégicas, como o Porto Santo e as Ilhas Selvagens, localizadas 300 quilómetros a sul do Funchal.

Estes meios serão usados para “exercício da soberania” e também para uma “resposta mais eficaz” na busca e salvamento marítimo, no combate à poluição e outras catástrofes ambientais.

O novo centro de operações do Comando Operacional da Madeira está preparado para funcionar com três operacionais durante 24 horas por dia e pode receber até 30 elementos das Forças Armadas, do Serviço Regional de Proteção Civil, das forças e serviços de segurança e de outras agências que operem na região.