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Bentley revoluciona acabamento em madeira com o 3D

Este artigo tem mais de 3 anos

Todos sabemos que os verdadeiros automóveis de luxo revestem o habitáculo a pele e, sobretudo, a madeira. Mas, desta vez, não com uma fina camada de uma madeira nobre, mas sim madeira esculpida em 3D.

Alfredo Lavrador

Texto

25 jul. 2020, 00:02

▲Na traseira, onde tradicionalmente se senta o dono do Flying Spur, a Bentley vai usar pela primeira vez a madeira esculpida como forma de elevar ainda mais a sensação de qualidade a bordo

Na traseira, onde tradicionalmente se senta o dono do Flying Spur, a Bentley vai usar pela primeira vez a madeira esculpida como forma de elevar ainda mais a sensação de qualidade a bordo

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A madeira – quanto mais nobre e cara, melhor – embeleza o interior dos carros mais sofisticados e caros do mercado desde sempre. Geralmente como uma fina camada, tão fina quanto a tecnologia o permite, para evitar empenos que deteriorem o aspecto do produto final. Mas, com a chegada das fresadoras 3D, o revestimento em madeira começou a passar a ser esculpido, mantendo o refinado material e elevando o aspecto final ao estatuto de uma obra de arte.

A primeira incursão da Bentley pelos acabamentos em madeira 3D surgiu agora, na zona posterior do habitáculo do Flying Spur, a berlina topo de gama da marca britânica que pertence ao Grupo Volkswagen. O que se compreende, uma vez que é exactamente nesses lugares que se senta quem adquiriu e está a pagar o luxuoso modelo.

O curioso é que não foi esta a primeira vez que ouvimos o fabricante britânico falar de madeira esculpida por equipamentos 3D, dado que a grande rival da Rolls-Royce mostrou há cinco anos o EXP 10 Speed 6 Concept, o modelo que serviu para antecipar as formas do novo Continental GT, entretanto já à venda, tanto com carroçaria aberta como fechada.

O EXP 10 Speed 6 Concept serviu ainda para testar outras soluções, entre estéticas e tecnológicas, sendo um exemplo destas últimas os painéis esculpidos em madeira 3D. Ao que tudo indica, os clientes gostaram e fizeram saber que era algo pelo qual estavam dispostos a pagar mais uns milhares de libras, euros ou dólares. Daí que a solução vá finalmente ser disponibilizada no Flying Spur.

Segundo os técnicos da Bentley, o esculpir dos painéis de madeira em 3D exigiu aos técnicos ingleses cerca de 18 meses só para aperfeiçoar o equipamento e o produto final. E se pensa que é um exagero, é bom ter presente que as fresadoras 3D desbastam a madeira num esquema multi-eixos, com uma precisão de até 0,1 mm, ou seja, a espessura do cabelo humano.

O responsável pelo design interior da marca, Brett Boydell, afirma que “a madeira tridimensional como revestimento interior evoluiu do protótipo para a realidade, formando um conjunto perfeito com a pele gravada igualmente de forma tridimensional, elevando a qualidade a bordo do Flying Spur”.