A Câmara Municipal de Loures, no distrito de Lisboa, defendeu esta segunda-feira a necessidade de o Governo permitir a contratação de mais assistentes operacionais para as escolas, para fazer face às exigências determinadas para prevenir a pandemia.

“O Governo admite que a portaria que regula a contração de assistentes operacionais está desatualizada. Vivemos um tempo em que as exigências são maiores e até agora essa portaria não foi alterada, o que, quando o ano letivo se iniciar, poderá ser um problema”, afirmou à agência Lusa o vereador com o pelouro da Educação na Câmara de Loures, Gonçalo Caroço.

O alerta do autarca de Loures surge no dia em que o executivo municipal inicia uma visita aos 13 agrupamentos de escolas do concelho para “verificar a aplicação das recomendações da Direção Geral da Saúde (DGS) e do Ministério da Educação para fazer face à Covid-19 e “ajudar a definir as melhores medidas para o seu cumprimento”.

Segundo explicou Gonçalo Caroço, estas visitas vão decorrer até 8 de setembro e terão a presença das autoridades de Saúde, da direção dos agrupamentos, do serviço municipal de Proteção Civil e da autarquia.

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“A ideia passa por visitar uma escola em cada um dos 13 agrupamentos e ouvir as dúvidas dos diretores e das associações de pais. É importante perceber quais são as necessidades e como está a decorrer a preparação”, apontou.

Sobre as maiores dificuldades, Gonçalo Caroço referiu, além da escassez de assistentes operacionais, o espaço necessário para a criação de circuitos de circulação, dentro das escolas, e a operacionalidade dos refeitórios.

“Podemos dizer que as maiores dificuldades se encontram nas escolas do 2.º e 3.º ciclos, pois são aquelas com um maior número de alunos e com menos salas disponíveis”, apontou.

Apesar da existência de alguns problemas que “têm de ser ultrapassados”, o autarca mantém uma expectativa positiva relativamente ao reinício do novo ano letivo.

“Essencialmente, queremos passar a mensagem que o ensino presencial é importante e que vamos fazer tudo para que o regresso às aulas seja feito com a maior segurança possível”, sublinhou.

As aulas começam entre os dias 14 e 17 de setembro e será o regresso ao ensino presencial depois de, no passado ano letivo, as escolas terem sido encerradas em meados de março devido à evolução da pandemia de Covid-19.

Portugal regista mais cinco mortes relacionadas com a Covid-19 e 123 novos casos confirmados de infeção nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), esta segunda-feira divulgado.

De acordo com o boletim da DGS, desde o início da pandemia até hoje, registaram-se 55.720 casos de infeção e 1.801 mortes.

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que registou mais novos casos nas últimas 24 horas, com 63 infeções confirmadas, contabilizando 28.816 casos.