A ElectReon arrancou em Tel Avive, Israel, com um novo projecto-piloto para testar a validade da sua tecnologia, que consiste em permitir o recarregamento de um veículo eléctrico em andamento, através do piso. A ideia não é nova nem recente, estando também a ser testada em diferentes zonas da Alemanha pela mesma empresa, mas revela que se continua apostar no potencial do carregamento dinâmico por indução e em resolver as dificuldades que lhe estão associadas, nomeadamente os elevados custos de implementação e a eficiência na entrega da energia – que já é um dos óbices do carregamento por indução estático.

O trecho preparado na capital de Israel cinge-se a 600 metros de uma rodovia por onde passam frequentemente autocarros eléctricos que, para beneficiarem do carregamento enquanto aí circulam, têm de ser preparados para o efeito. Na base do veículo é montado um receptor (uma bobina) que alimenta directamente a bateria. Ou seja, nesta parte do percurso, os autocarros não consomem a energia armazenada no acumulador, o que lhes “estende” a autonomia.

O sistema implica a realização de obras na estrada para instalar sob o piso bobinas de cobre ligadas à rede eléctrica, com as autoridades locais a assumirem desde já que o surgimento de mais troços deste tipo estará dependente do sucesso deste percurso piloto.

Recarga da bateria por indução é eficaz? E segura?

Recorde-se que, há cinco anos, já o Reino Unido anunciava que iria entrar numa fase de testes, planeando estradas capazes de recarregar as baterias dos veículos por indução magnética, enquanto estes se deslocam, com a Renault a ensaiar uma solução similar num Kangoo ZE. A solução dos franceses – desenvolvida em parceria com a Qualcomm Technologies e a Vedecom – foi validada, permitindo recarregar a potências de 20 kW a uma velocidade de até 100 km/h. Contudo, nenhum destes projectos evoluiu para uma via de maior extensão e desprovida de carácter experimental. Em funcionamento está a solução desenvolvida pela Noruega, em colaboração com a Jaguar (com o I-Pace) e a Momentum Dynamics (que desenvolveu o sistema de carga), sobre a qual pode ler acima.

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