O grupo bancário espanhol Santander obteve lucros de 3.658 milhões de euros líquidos nos primeiros nove meses do ano, uma diminuição de 40,8% em relação a um ano antes, com os resultados em Portugal a contribuírem com 243 milhões.

Na informação que enviou esta terça-feira à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o grupo explicou que os resultados globais foram influenciados pelas maiores provisões feitas para contrariar o impacto da pandemia de Covid-19.

O Santander indica que, em Portugal, o “benefício ordinário” caiu 37%, para 243 milhões de euros, devido ao impacto da Covid-19 sobre rendimentos e provisões.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/lucros-do-santander/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”235″ slug=”lucros-do-santander” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/lucros-do-santander/thumbnail?version=1589228326138&locale=pt-PT&publisher=observador.pt” mce-placeholder=”1″]O banco explica que a atividade comercial de todo o grupo recuperou entre julho e setembro, e o lucro líquido do período cresceu 14,3%, para 1,75 mil milhões, graças à recuperação dos rendimentos.

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A qualidade do crédito continuou a ser “sólida”, com uma redução do rácio do crédito malparado de 32 pontos base nos últimos 12 meses, para 3,15%, segundo a instituição.

O grupo informa que continuou a gerar capital de forma orgânica, adicionando 14 pontos base de capital CET1 até alcançar 11,98%.

As receitas nos primeiros nove meses do ano foram de 33.605 milhões de euros, seguindo a trajetória do mesmo período de 2019, apesar do contexto económico difícil.

Quase metade das vendas, 44%, foram feitas através de canais digitais, um aumento em relação aos 36% alcançados em 2019.

Por outro lado, os empréstimos cresceram muito em todos os principais mercados (+5% em euros constantes), especialmente na América do Sul (+17%) e América do Norte (+6%), enquanto que os depósitos aumentaram 9%.

A qualidade do crédito permaneceu forte, segundo o Santander, com uma redução de 32 pontos base de crédito malparado nos últimos 12 meses para 3,15%.