A agência Moody’s decidiu esta sexta-feira manter o “rating” do Montepio em Ba3 porque reconhece os “esforços” que o banco vai fazer para racionalizar a estrutura. Ainda assim, esta é uma notação de crédito de risco elevado, o que “reflete a fraca capacidade de absorção de riscos num contexto de desafios ainda significativos na qualidade dos ativos, a baixa rentabilidade e, por outro lado, uma melhoria do perfil de financiamento”.

Segundo a nota publicada pela agência (acesso condicionado), o “rating” é mantido, tal como a Fitch fez há uma semana, porque a Moody’s reconhece “os esforços do Montepio para reestruturar as suas operações e melhorar os seus níveis de solvabilidade”. “A nossa opinião é que o rating pode ter se ser alterado se o atual choque económico (provocado pela pandemia mundial) se agravar e prolongar mais do que aquilo que já antecipamos”, afirma a Moody’s.

Há uma semana a agência de “rating” Fitch também manteve inalterada a notação do Montepio, sublinhando em comunicado que será “chave” para a gestão do banco cumprir o plano de reestruturação – que envolve fechar 80 balcões e dispensar entre 600 e 900 pessoas. “A execução desse plano será um fator-chave para repor a rentabilidade ao obter melhores rácios custos–resultados”, pode ler-se no relatório da agência.

As conclusões da Moody’s vêm na mesma linha do que a agência Fitch comentou há uma semana, como noticiou o Observador.

Fitch pede ao Montepio que execute plano de cortes. Será “chave” para o banco depois dos anos perdidos

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