Um estudo da Sociedade Espanhola de Obesidade (SEEDO) concluiu que mais de 44% da população do país vizinho ganhou peso em consequência do confinamento a propósito do decreto de estado de emergência de resposta à pandemia da Covid-19.

O estudo contou com a participação de mil inquiridos, dos quais 44,3% disseram ter engordado durante o tempo em que permaneceram em confinamento. Destes, 73% dizem que ganharam entre 1 a 3 quilos.

“Ainda não temos dados do que aconteceu durante o período de confinamento, mas já começámos a receber a consequências médicas deste ano”, disse à Europa Press a médica Maribel Pérez, da SEEDO. “E assim será nos próximos anos, não apenas em dados referentes à obesidade.”

Esta não é uma realidade única de Espanha — antes pelo contrário. Em Portugal, apesar falta de dados sobre a população geral, há uma estimativa da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) que estima em 10% o aumento médio de peso em crianças durante o confinamento.

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Em França, numa sondagem efetuada pelo IFOP, 57% de franceses responderam que ganharam peso durante o confinamento — e entre estes a média de peso ganho foi de 2,5 quilos. Houve ainda 29% de franceses que dizem ter perdido peso e outros 14% que mantiveram.

No Reino Unido, uma sondagem da Ipsos MORI com o King’s College de Londres apontou no mesmo sentido: entre 2.254 inquiridos, 48% disseram que ganharam peso durante o confinamento, percentagem igual aos que disseram estar mais ansiosos ou deprimidos do que o costume.

Na Argentina, os resultados de um estudo da Sociedade Argentina de Nutrição apontam para para 56,9% de pessoas que aumentaram peso, dentro de um inquérito feito a quase 5.500 adultos. Entre estes, 78,5% ganhou entre 1 a 3 quilos, 18% subiram de três a cinco quilos e 3,5% engordaram mais do que 5 quilos.