Só esta quinta-feira, no dia da votação final, é que a líder parlamentar e deputada Inês de Sousa Real vai desvendar o sentido de voto do PAN sobre o Orçamento do Estado para 2021, cujo debate já segue há quatro dias e que se tornou cada vez mais renhido. A conferência de imprensa está marcada para às 09h30 desta quinta-feira nos Passos Perdidos, indica o partido em comunicado. A deputada não inscrita Cristina Rodrigues (ex-PAN) já disse que vai abster-se pelo que são precisos pelo menos mais duas abstenções para que o Orçamento do Estado para 2021 seja aprovado.

Até agora sabe-se que o Bloco de Esquerda votará contra o Orçamento, por entender que o PS se “apoiou na direita” para rejeitar as propostas bloquistas e que foi “intransigente” em questões consideradas centrais para o partido. É o que diz a proposta de resolução política que a Comissão Política do Bloco de Esquerda levou esta noite à reunião da Mesa Nacional para ratificação.

Bloco de Esquerda mantém voto contra no Orçamento. Tudo nas mãos do PCP

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Depois de ter sido revelado o sentido de voto do Bloco de Esquerda, a decisão sobre a aprovação do Orçamento do Estado ficou nas mãos do PCP. Mas isso foi até João Oliveira, líder parlamentar do partido, ter anunciado em conferência de imprensa que os comunistas se iriam abster. Não votam a favor do documento, porque ainda há muitas críticas a tecer. E não o chumbam, porque, ainda assim, já oito propostas do PCP foram aceites.

PCP dá a mão ao PS e vai abster-se na votação do Orçamento do Estado

Já a deputada não inscrita Cristina Rodrigues anunciou que vai abster-se, considerando que “seria uma irresponsabilidade” juntar uma crise política à atual crise social. “Viabilizo, mas não voto favoravelmente”, disse.

Com a abstenção de Cristina Rodrigues, do PCP e do PEV (anunciadas na quarta-feira), são necessárias pelo menos mais duas abstenções para que o documento seja aprovado. Mas o mais provável é que o PAN se abstenha, o que permite a aprovação.

Quanto a Joacine Katar Moreira (ex-Livre), seguindo aquilo que já tinham avançado em outubro, deve abster-se na votação para o Orçamento do Estado.