Há lá iguaria mais indispensável num qualquer cabaz festivo do que um bom queijo? Consumidores patrióticos escolherão o melhor exemplar nacional, enquanto os palatos mais ávidos de exotismo e complexidade tenderam a explorar o que Inglaterra, França e Itália têm de melhor. No que diz respeito às sugestões que aqui apresentamos, foram as fronteiras do território português — continental e insular — a balizar a pesquisa.
Com cerca de uma dezena de denominações de origem protegida (DOP), Portugal está longe de ter a montra de queijos exuberante dos vizinhos franceses ou mesmo dos italianos. Historicamente, são os gados ovino e caprino que ditam o sabor da queijaria nacional, exceção aberta aos Açores, onde abundam as vacas leiteiras.
Regiões e terroirs (sim, porque os queijos também os têm) definem a intensidade e o sabor de cada produto, juntamente com as técnicas usadas e com os diferentes períodos de cura. De travo lácteo ou com um ligeiro picante, amanteigados, cremosos, de pasta semi-dura, dura ou mesmo extra-dura — em matéria de queijos, o tempo não é uma garantia de qualidade, mas sim de complexidade. Em Portugal, existem dois com lugar cativo na mesa: o São Jorge e o da Serra da Estrela. Mencionados os clássicos, não faltam outros candidatos, só preciso saber escolhê-las.
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