As treze camas de cuidados intensivos destinadas a doentes Covid em Bragança estão lotadas, enquanto os internamentos em enfermaria atingem pouco mais de metade da capacidade disponível, divulgou esta quinta-feira a Unidade Local de saúde (ULS) do Nordeste.

Num ponto da situação feito à Lusa, a entidade responsável pelos serviços de Saúde no distrito de Bragança informou que a 2 de dezembro, quarta-feira, encontravam-se internados nos três hospitais da região, Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela, “61 doentes Covid, dos quais 48 em enfermaria e 13 em cuidados intensivos”.

O hospital de Bragança é o único da região com Serviço de Medicina Intensiva e dispõe de 13 camas que se encontravam ocupadas, mas, de acordo com a instituição, da mesma maneira que este serviço já recebeu doentes de outras regiões do país, também transferirá doentes para outras unidades da rede, em caso de necessidade.

O Serviço de Medicina Intensiva tem ainda mais seis camas disponíveis mas para doentes não-Covid e destas apenas metade, três, estavam ocupadas a 2 de dezembro.

Relativamente às camas em enfermaria para doentes Covid e com infeções respiratórias, a ULS do Nordeste tem disponíveis 42 no hospital de Bragança, 19 no Mirandela e outras tantas no de Macedo de Cavaleiros, num total de 80, 48 das quais se encontravam ocupadas na quarta-feira.

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A média de idades dos doentes internados com Covid-19 era, a 30 de novembro, de 72 anos nos cuidados intensivos e de 80 anos em enfermaria, segundo ainda a ULS do Nordeste.

Aquele entidade explicou que dispõe de mais respostas para os doentes com infeção respiratória, nomeadamente quatro camas em pediatria e outras tantas em psiquiatria, no hospital de Bragança, 21 boxes, 17 das quais para adultos e quatro pediátricas, na urgência da tenda Covid, e cinco camas em hospitalização domiciliária.

Mirandela tem nove boxes, oito para adultos e uma pediátrica, e Macedo de Cavaleiros seis para adultos, em espaços de urgência idênticos que foram requalificados e vão ficar com instalações novas para o futuro.

A ULS adiantou também que já começaram, no hospital de Bragança, as anunciadas obras de ampliação do Serviço de Medicina Intensiva, que irão garantir uma capacidade permanente de 16 camas.

O investimento de 1,2 milhões de euros resulta do apoio do Ministério da Saúde a 16 unidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para reforço da resposta da Medicina Intensiva à pandemia.

No âmbito do plano de contingência para a Covid-19, a ULS do Nordeste já tinha reorganizado serviços no principal hospital da região, o de Bragança, adaptando o segundo piso à resposta a infeções pelo novo coronavírus, com mais 20 camas.

Nesse piso funcionava o serviço de Ortopedia que aquela entidade explicou continua a ser assegurado no mesmo hospital ou nas unidades de Macedo de Cavaleiros e Mirandela, conforme as necessidades dos doentes.

Acrescenta ainda que as situações de cirurgia programada de Ortopedia são realizadas em Macedo de Cavaleiros e a cirurgia de ambulatório continua a ser efetuada em Mirandela.

Ao nível do internamento geral para outras especialidades e serviços além da Covid-19, há disponibilidade de camas nos três hospitais da região, com uma ocupação de pouco mais de metade do total.

Os hospitais de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela têm um total de 268 camas para internamento geral, 145 das quais ocupadas, o que representa uma taxa de 54%.

O hospital de Bragança é o que apresenta a maior taxa de ocupação com quase 65% das 137 camas ocupadas, ou seja 89 doentes internados, seguindo-se Mirandela com 41,5%, com 66 camas e 29 internados, e Macedo de Cavaleiros que tinha 27 doentes nas 65 camas disponíveis, uma ocupação e menos de 44%.

O distrito de Bragança soma mais de 3.600 casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia e perto de 80 mortes associadas à Covid-19.