O papa Francisco e um grupo de executivos de grandes empresas reuniram-se esta terça-feira no Conselho para um Capitalismo Inclusivo para responder ao desafio do líder da Igreja Católica de criar um sistema económico mais justo.

“O Conselho convida empresas de todos os tamanhos a aproveitar o potencial do setor privado para construir uma base económica mais justa, inclusiva e sustentável para o mundo”, refere um comunicado da organização.

O Conselho é composto por cerca de 30 executivos, chamados de “Tutores do Capitalismo Inclusivo”, que representam empresas com mais de 1,6 mil milhões de euros em capital e que empregam 200 milhões de trabalhadores em 163 países, referiu o comunicado.

O grupo vai reunir-se anualmente com o papa Francisco e com o cardeal Peter Turkson, que dirige o ministério do Vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

A iniciativa “representa a urgência de unir os imperativos morais e o mercado para transformar o capitalismo numa força poderosa para o bem da humanidade”, salientou a organização.

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“O capitalismo criou uma enorme prosperidade global, mas também deixou para trás demasiadas pessoas e levou à degradação do nosso planeta”, afirmou Lynn Forester de Rothschild, fundadora do Conselho e membro da família Rothschild.

No conselho, participam executivos como Ajay Banga, da Mastercard, Brian Moyniham, do Bank of America, Alex Gorsky, da farmacêutica Johnson & Johnson, Oliver Bate, da seguradora Allianz, William Lauder, da empresa de cosméticos Estee Lauder Cos, e Alfred Kelly, da Visa.

Ao longo do seu mandato, papa Francisco tem tecido vários comentários críticos em relação ao capitalismo selvagem, responsabilizando-o pelas desigualdades económicas no mundo e pelas alterações climáticas.