A página da Guarda Nacional Republicana no Facebook surgiu como patrocinadora de uma publicação da página do Movimento Zero, onde o movimento conotado com a extrema-direita repudiava “a manifesta repulsa pelas forças de segurança exposta no artigo de opinião” publicado no jornal Expresso a 27 de julho.

Segundo o semanário Expresso, que questionou o gabinete de relações públicas da GNR sobre o patrocínio que surgia na publicação do Movimento Zero, a GNR diz-se “surpreendida com o facto” e garantiu que promoveu “a retirada do patrocínio”, acrescentando desconhecer como é que tal aconteceu.

Para já, a GNR recusa o patrocínio ao Movimento Zero e afirma que vai investigar em que circunstâncias é que tal aconteceu, não estando afastada a hipótese de pirataria informática. “Não descartamos um cenário de pirataria. Houve um abuso sobre a nossa página do Facebook. Não há patrocínio nenhum. Admitimos todos os cenários. Se for o caso, agiremos criminalmente”, afirmou o porta-voz da GNR José Fonseca ao Expresso, clarificando que a GNR não se associa às ideias expressadas pelo Movimento Zero.

Na origem da publicação no Facebook do Movimento Zero — que já não contém qualquer indicação de patrocínio da GNR — esteve o artigo “A balada da Amadora, a de Alfragide, a de Sines, a de Carcavelos” da cronista do semanário Carmo Afonso que abordava a questão da violência policial.

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