O Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 62 acidentes em contramão, entre janeiro e setembro de 2020 — um número que se mantém idêntico ao de anos anteriores apesar de o confinamento devido à pandemia da Covid-19 ter feito diminuir a sinistralidade rodoviária no geral. Em 21 casos, os condutores eram jovens com menos de 30 anos, segundo dados avançados pelo Jornal de Notícias (versão impressa).

Em 2017, o número de choques em contramão foi de 64. No ano seguinte foi de 62. Só em 2019 esse valor foi maior com 122 acidentes deste género a acontecer nas estradas. Do total de 310 sinistros registados, em 97 situações os condutores eram jovens até aos 30 anos. Em 12 casos, os condutores tinham entre 31 e 40 anos. Também em 12, tinham mais de 71 anos.

Segundo explicou a GNR ao JN, a maioria destes acidentes ocorre nas autoestradas, não por entrada em contramão no acesso errado, mas devido a situações em que os condutores fazem marcha-atrás ou decidem inverter a marcha, nos casos em que se esquecem ou se enganam na saída na autoestrada. Acidentes deste tipo já mataram 17 pessoas ao longo destes quatro anos — um número, este sim, muito superior ao registado em anos anteriores: em 2019 morreram cinco pessoas, em 2018 morreram duas e em 2017 morreram quatro.

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