O chefe de segurança do Presidente da República testou positivo para o novo coronavírus esta terça-feira — foi esse o motivo que levou as autoridades de saúde a recuar depois de terem chegado a dar luz verde à participação de Marcelo Rebelo de Sousa no debate a sete na RTP,  naquele que foi o culminar de um dia marcado por avanços e recuos à conta dos testes contraditórios feitos pelo próprio PR, um positivo e dois negativos.

A informação foi avançada pelo próprio Presidente da República, agora obrigado a permanecer em isolamento profilático, ao Público, horas depois de ter dado uma entrevista à RTP, à porta de sua casa, em Cascais, onde se revelou “muito irritado” com a indefinição das autoridades de saúde, que não tinham chegado a enviar-lhe uma posição oficial sobre se poderia ou não marcar presença no Pátio da Galé, em Lisboa, para o único debate com todos os candidatos à Presidência da República.

“Sinto-me muito irritado porque não me dão, por escrito, uma posição sobre se eu podia ir ao debate ou não. Portanto, não tendo uma posição, esperei, esperei. A primeira posição era que eu podia ir, a segunda é que não, verbalmente”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que o “mínimo” era “haver uma resposta por escrito” das autoridades de saúde.

Essa resposta acabaria por chegar mais tarde, cerca das 21h45, dez minutos antes da hora marcada para o início do debate, em que Marcelo Rebelo de Sousa participou, por videoconferência, mas a que chegou com algum atraso.

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Os avanços e recuos das autoridades de saúde que deixaram Marcelo “muito irritado” antes do debate a sete

De acordo com o Presidente da República, o seu chefe de segurança, agora infetado, esteve a trabalhar ao longo do passado domingo no Palácio de Belém, tendo mantido contactos próximos com o chefe de Estado, nomeadamente em espaços fechados.

Por muito que os dois últimos testes que fez esta terça-feira, depois do resultado positivo que recebeu na segunda-feira à noite, tenham dado negativo, Marcelo Rebelo de Sousa mantém-se por isso obrigado ao isolamento, dada a proximidade mantida com um infetado.

De teste em teste até ao positivo que ditou o fim da campanha para Marcelo