À semelhança do que aconteceu na primeira jornada da segunda volta, que terminou com um triunfo em Barcelos nos descontos com bis de Coates, o Sporting volta a ser o último candidato a entrar em campo, recebendo a grande revelação P. Ferreira em Alvalade sabendo de forma antecipada que uma vitória aumentará a vantagem no topo da classificação para dez pontos. Ainda assim, e no lançamento da partida, Rúben Amorim manteve a mesma postura em relação a esse avanço, mantendo o discurso do “jogo a jogo” entre muitos elogios ao adversário.

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“Temos de ser rigorosos, intensos e humildes desde o primeiro minuto. É uma equipa muito boa que vem de um momento fantástico com um treinador que está a fazer um trabalho incrível. Temos de fazer o que temos vindo a fazer que é preparar bem o jogo. Precisamos também da inspiração dos nosso jogadores que temos tido”, referiu o técnico, recordando também o último encontro com o Gil Vicente: “Fizemos uma avaliação, toda a gente faz isso. Chamámos a atenção para aquilo que correu mal, também mostrámos algumas coisas boas. Eles perceberam ao intervalo senão não tinham tido o comportamento que tiveram na segunda parte. Foi uma preparação normal”.

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“A relação com os adeptos melhorou? O mérito tem de ser dado aos jogadores porque são eles que estão lá dentro. Já estivemos numa fase em que não estávamos tão bem, no fim da outra época, em que terminámos no quarto lugar. Nessa altura não se sentia isso. A união que há no clube é mérito dos jogadores. O facto de apostarmos na formação, de ser uma equipa com muitos portugueses, isso tudo atrai as pessoas e sentem essa ligação. Às vezes olham para mim e pensam que é a imagem do treinador mas não, eu é que usufruo dessa qualidade e da formação dos jogadores. Estou a colher frutos desse trabalho. Não vejo isso como a minha chegada mas sim pelos resultados. Se os resultados mudarem, as coisas serão diferentes”, acrescentou.

Ainda assim, e em paralelo com o encontro, Rúben Amorim não se furtou também a comentar outros três assuntos que dominaram a semana: a participação disciplinar apresentada pelo Benfica ainda no âmbito do caso Palhinha; a acusação de Rui Pinto dizendo que Antero Henrique está a trabalhar para o sucesso dos leões; e as queixas dos jogadores e o anti-jogo abordado por Jorge Jesus, técnico do Benfica, após o encontro frente ao Estoril.

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“O Palhinha está tranquilo. É curioso que esta semana apanhei uma conversa entre ele e o Hugo Viana, para ele estar tranquilo. O Sporting fez tudo como devia fazer e o Palhinha também. Estamos tranquilos à espera de uma decisão. Toda  a gente quer a decisão para ficar tudo esclarecido. De zero a dez quanto estou preocupado? Não temos qualquer preocupação e fizemos tudo de acordo com a lei. O Sporting salvaguardou-se, a preocupação é zero”, referiu o treinador do conjunto verde e branco, antes de abordar com humor a questão envolvendo o seu cunhado: “No que toca à minha relação familiar [Antero Henrique], pelo sim pelo não, ainda falei com ele esta semana para ver se ganhamos outra vez para estarmos tranquilos. São coisas normais no futebol…”.

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“Queixas dos jogadores? Hoje ouve-se muita coisa porque não há público, ouve-se mais gritos exatamente por não haver público. Vamos despachar esta pandemia, vacinar as pessoas e tudo voltará ao normal. Os microfones já são postos em zonas propicias para se ouvir as coisas”, comentou entre risos após os comentários do homólogo.

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