A segunda fase da vacinação contra a Covid-19 arrancou em Portugal neste mês de fevereiro. Durante esta fase do processo, serão imunizados cerca de 900 mil portugueses, com mais de 80 anos e com entre 50 e 79 anos com comorbilidades. O critério de chamada não é uniforme em todo o país. A falta de uma norma estabelecida pela Direção-Geral da Saúde (DGS) está a levar a que cada região decida por si como devem ser convocados os portugueses a serem vacinados.

De acordo com o Público, a maioria das regiões escolheu seguir o critério da idade. Na ARS do Norte, a chamada está a ser feita “da idade maior (por exemplo, 90 ou mais) para a menor (até 80)”. O mesmo se aplica ao grupo das comorbilidades. Na ARS Centro, a priorização está a ser feita por ordem decrescente. O Algarve está a seguir o mesmo critério, mas tendo em conta a gravidade das doenças de quem será vacinado. “A convocatória é feita por ordem decrescente de idade” e “atendendo [igualmente] à gravidade das comorbilidades associadas”, explicou a ARS ao Público.

A exceção é Lisboa, onde a convocatória está a acontecer de forma aleatória. A seleção “é feita de forma automática e aleatória na região”, com as pessoas a serem convocadas“à medida que as vacinas vão sendo rececionadas”, adiantou a ARS de Lisboa e Vale do Tejo ao mesmo jornal, explicando que “as listas de suplentes seguem o mesmo princípio”.

Esta discrepância de critérios deve-se ao facto de a DGS não ter definido como devem ser chamadas as pessoas a vacinar dentro destes dois grupos. O organismo apenas especifica que as ARS, com o apoio dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, devem fazer o “mapeamento das pessoas elegíveis” e que os centros de saúde “procedem ao agendamento da vacinação e à convocatória”.

O Público perguntou à DGS se tenciona definir um critério que uniformize o processo de vacinação, mas não obteve resposta.

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