Donald Trump submeteu um pedido de recurso para voltar ao Facebook, depois de a empresa lhe ter bloqueado o acesso ao perfil no mês passado. A informação foi avançada à estação televisiva britânica Channel 4 por um membro do Conselho de Supervisão do Facebook, que deverá agora decidir se o ex-presidente dos Estados Unidos pode regressar à rede social.

A suspensão das contas de Trump, extensível também ao Instagram que o Facebook detém, foi decretada após o ex-presidente americano ter instigado os protestos violentos que decorreram em Washington e que culminaram na invasão do Capitólio, a 6 de janeiro, através destas redes sociais.

Em declarações ao Channel 4, nesta terça-feira, a antiga primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt, que integra o Conselho de Supervisão do Facebook, confirmou o pedido de Trump e adiantou que o comité tem um prazo máximo de 90 dias para chegar a uma decisão, que só deverá ser conhecida daqui a dois meses e meio.

A governante Helle Thorning-Schmidt esclareceu também que o organismo está a tentar resolver a questão o mais rápido possível, mas lembrou que o processo é moroso, tendo em conta que é necessário ouvir especialistas sobre o assunto.

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Acrescentou ainda que, neste caso em específico, o Conselho de Supervisão está aberto a ouvir a opinião pública, tendo já recebido milhares de comentários. O organismo terá também de avaliar as declarações do Facebook que justificam o bloqueio das contas de Trump, além do apelo do próprio.

“Vamos deliberar de forma cuidadosa e com toda a transparência. Assim que tomarmos uma decisão, divulgamos as declarações do utilizador visado [Trump] e do Facebook e o porquê de termos chegado a essa decisão”, declarou.

No final de janeiro, foi anunciado que a decisão do Facebook ia ser reapreciada pelo Conselho de Supervisão, na mesma altura em que o organismo deliberou sobre outros cinco casos. Quatro decisões da rede social foram revertidas.