O Estado português gastou 19,5 milhões de euros em apoios a jovens no pagamento de rendas em 2o2o, um valor que é dos mais elevados de sempre porque iguala o anterior recorde que era de 2010, avança o “Jornal de Notícias” citando dados relativos ao programa “Porta 65”. Segundo esses mesmos dados, foram mais de 11 mil os jovens (e agregados familiares jovens) que foram apoiados, um número inferior aos 12.100 de 2009.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação, que transmitiu os dados ao JN, sublinha que “de 2013 (ano com menor execução) até 2020 aumentámos em cerca de 60% a verba destinada ao Porta 65”. Nesse ano, em 2013, foram aplicados apenas 11,7 milhões de euros no apoio a cerca de 7.500 candidaturas aceites.

Esse ano de 2013 foi um dos anos em que houve menos apoios aos jovens, mas também em 2016 e 2017 só se apoiaram 7.167 candidaturas (2016) e foram gastos 11,9 milhões de euros (2017), demonstram os dados do Porta 65.

A partir de 2018, porém, com a mudança das regras do programa, mais pessoas passaram a poder candidatar-se ao apoio e recebê-lo durante mais tempo. Até 2018 só podiam aceder as pessoas com até 30 anos de idade, o que foi alterado para 35 (ou 37, quando é um casal). Passou a ser possível, também, receber o apoio ao longo de cinco anos, mais do que os três originais.

O programa paga entre 30% e 50% do valor da renda e é fixado um valor máximo por cada concelho, o que tem tornado cada vez mais difícil encontrar casas elegíveis tendo em conta o aumento dos preços na habitação (neste caso, do arrendamento) nos últimos anos. A secretária de Estado da Habitação indicou ao JN que “o Governo está a trabalhar para tornar este instrumento ainda mais eficaz” embora diga que a “prioridade” é a “construção de um parque habitacional público a custos acessíveis”.

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