A ministra da Agricultura apontou esta quinta-feira que parar a pandemia em Odemira é a prioridade do Governo e pediu união de esforços para criar condições dignas de habitação para os trabalhadores agrícolas, num debate de urgência no parlamento.

“Neste momento há uma resposta que é urgente e que está em curso: parar a pandemia naquele território”, apontou Maria do Céu Antunes, numa intervenção no debate de urgência requerido pelo PAN, sobre as condições laborais dos trabalhadores agrícolas no município de Odemira e as consequências para a saúde pública no contexto de pandemia da Covid-19.

Para além disto, continuou, “é preciso trabalhar no curto espaço de tempo para termos a capacidade de instalar, mesmo que provisoriamente, aqueles cidadãos que estão em habitações dentro dos aglomerados populacionais sem condições”.

“E depois, é preciso definir uma estratégia de médio e longo prazo que possa criar condições de dignidade humana que nós sabemos que não existem”, declarou.

Caras deputados e deputadas, não tenhamos dúvidas: é preciso unir esforços, temos que estar todos do lado das soluções, e por isso, é necessário, ao lado do Governo, que as autarquias e as empresas se juntem para implementar as soluções urgentes de saúde pública e aquelas que são necessárias para promover a agricultura enquanto ativo na nossa economia com respeito pelo ambiente e pela dignidade humana”, declarou a governante.

A governante, que foi ouvindo críticas de alguns deputados durante a sua intervenção, salientou ainda que o território de Odemira representa um ativo para o país “que não é de todo negligenciável”, apontando que em 2020, este representou cerca de 200 milhões de euros nas exportações.

“Quero aqui hoje também reconhecer o trabalho das empresas agrícolas em todo o território nacional e naquele território também, porque, pese embora toda a dificuldade que estamos a ter neste contexto pandémico, são as próprias que têm criado condições para garantir que nada falte nas nossa mesas, testando, criando condições para que os seus trabalhadores possam exercer o seu trabalho”, defendeu.

No final da semana passada, o Governo decidiu decretar uma cerca sanitária às freguesias de São Teotónio e de Almograve, no concelho de Odemira, devido à elevada incidência de casos de Covid-19, sobretudo entre trabalhadores do setor agrícola.

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