O primeiro modelo da Opel a ser desvendado sob o manto da Stellantis vai ser o Astra, cuja sexta geração vai ser introduzida no final deste ano, pelo que se aproxima o início da produção em Rüsselsheim, na Alemanha, onde o compacto foi também concebido e desenvolvido, trocando a anterior base (que ainda era General Motors) por uma evolução da arquitectura EMP2 de origem PSA.

Num movimento que leva a esperar a revelação do futuro Astra nos próximos meses, Julho ou Agosto, a marca levanta a ponta do véu ao divulgar alguns detalhes que prometem fazer a diferença nesta nova fase da vida do modelo – a primeira sob a égide da electrificação, o que significa que, possivelmente, o novo compacto alemão até fará a sua estreia com uma versão híbrida plug-in de 225 cv.

O futuro Astra abrirá um novo e entusiasmante capítulo nos 30 anos de história do nosso modelo compacto”, realça o CEO da Opel, Michael Lohscheller, acrescentando que a marca está “confiante” que esta nova geração “irá causar uma forte impressão e atrair muitos novos clientes”.

Para tal contribuirá uma estética alinhada pelos mais recentes cânones estilísticos da Opel, ou seja, há que contar com uma secção dianteira com a nova frente estreada no Mokka, onde se destacam os faróis ultrafinos em LED. Atrás, também em linha com o B-SUV, a designação do modelo surge ao centro do portão da bagageira, explorando ao máximo a largura.

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No interior, o Pure Panel – inaugurado igualmente no Mokka – migra para o Astra, o que significa que condutor e ocupante vão ter à sua disposição dois ecrãs de grandes dimensões, dispostos na horizontal e orientados para o campo de visão do condutor, de forma a agilizar as interfaces. Esses dois displays digitais, um no lugar do tradicional painel de instrumentos e o outro ao serviço do sistema de infoentretenimento, surgem em contínuo, dando a ilusão de ser um único elemento. Fiel aos mais recentes lançamentos da marca, o futuro Astra obedecerá, assim, à regra de reduzir o número de botões ao mínimo, pelo que só os comandos físicos considerados essenciais para efectuar operações mais directas conquistam algum espaço num ambiente que deverá reforçar o seu apport tecnológico.

Com mecânicas já conhecidas da antiga PSA, o compacto alemão continuará a ser proposto em duas carroçarias, a variante hatchback de cinco portas e a carrinha Sports Tourer. Como o plano estratégico da marca prevê que, em 2024, todos os modelos que compõem o portefólio da Opel terão uma versão puramente eléctrica, é previsível que o Astra siga os passos do novo Peugeot 308 e, também ele, venha a surgir numa versão exclusivamente a bateria.

Certo é que, para já, surgirá com motores a gasolina e a gasóleo, a que se somam duas alternativas híbridas plug-in. A primeira será a menos potente, combinando um motor PureTech de 180 cv e um motor eléctrico de 110 cv, acoplado a uma caixa automática de oito velocidades, para entregar uma potência combinada de 225 cv. A autonomia, em modo eléctrico, deverá rondar os 60 km, tal como acontece no Peugeot 308.

Lá mais para a frente será a vez de introduzir na gama um PHEV mais potente. Se pensarmos no banco de órgãos da PSA, é possível que o novo Astra venha a adoptar o conjunto motopropulsor do 3008 ou do Grandland X, que combina o 1.6 PureTech de 200 cv e 520 Nm com dois motores eléctricos, um no eixo traseiro (113 cv e 166 Nm) e outro associado à transmissão (110 cv e 320 Nm). No total, ofereceria 300 cv e tracção integral, com uma autonomia acima de 60 km em modo EV.