Pelo menos 45 pessoas perderam este domingo a vida e dezenas ficaram feridas na sequência da queda de um avião de transporte militar do exército das Filipinas na ilha de Jolo, segundo uma atualização do The Guardian.

Alguns dos militares conseguiram saltar do avião antes da queda. “Vários soldados foram vistos a saltar da aeronave antes que esta atingisse o solo, poupando-os da explosão causada pelo acidente”, disseram as autoridades de Sulu em comunicado. Não é, no entanto, claro quantos militares saltaram do avião e se algum deles sobreviveu. De acordo com a Reuters, este é o pior desastre aéreo militar do país em quase 30 anos.

Segundo um comunicado do ministro da Defesa, Delfin Lorenzana, seguiam a bordo da aeronave, um Hercules C-130, mais de 90 pessoas. Entre as vítimas estão 42 militares que seguiam a bordo do avião de transporte C-130 e três civis. Informações anteriores davam conta de 29 mortos. A Reuters acrescenta que 53 ficaram feridos, incluindo quatro civis. Cinco militares estão desaparecidos.

O aparelho despenhou-se quando tentava aterrar na ilha de Jolo, na província de Sulu, disse à agência de notícias France-Presse, o general Cirilito Sobejana. O C-130 transportava vários militares destacados para uma força operacional conjunta de luta contra o terrorismo na ilha, de maioria muçulmana.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O exército filipino mantém uma forte presença no sul do país, onde atuam os fundamentalistas islâmicos da rede Abu Sayyaf, considerada uma organização terrorista por Manila e Washington.

Vários atentados terroristas e raptos de turistas estrangeiros e missionários cristãos foram atribuídos e reivindicados pelos militantes da Abu Sayyaf. Muitos dos passageiros tinham recebido recentemente treinamento militar básico e foram enviados à ilha no âmbito de uma operação conjunta de luta contra o terrorismo nesta região predominantemente muçulmana.

O exército está muito presente no sul das Filipinas devido à presença da organização islamita Abou Sayyaf, considerada uma organização terrorista por Washington.

As imagens que circulam nas redes sociais mostram o avião ainda em chamas.

Um porta-voz militar afirmou que não há sinais de qualquer ataque, muito embora ainda não tenha arrancado qualquer investigação.

Ainda no mês passado, as Forças Armadas das Filipinas registaram a queda um helicóptero Black Hawk durante um treino. Morreram seis pessoas. Antes, um acidente em 1993 com um C-130 da Força Aérea matou 30 pessoas. No entanto, o pior acidente de avião no país foi em 2000, com um Boeing 737 da Air Philippines, que vitimou 131 pessoas.