O Tribunal da Relação de Lisboa manteve na íntegra as penas de prisão já antes aplicadas a Paulo Pereira Cristóvão, antigo inspetor da Polícia Judiciária (PJ) e ex-vice-presidente do Sporting, e a Nuno Mendes “Mustafá”, antigo líder da claque Juventude Leonina.

Em 2019, ambos foram condenados a penas de prisão superiores a 6 anos no âmbito do processo dos assaltos violentos a residências: sete anos e meio de prisão para Pereira Cristóvão e seis anos e quatro meses para Mustafá. O processo em causa conta com mais 15 arguidos, três deles agentes da PSP (um foi condenado a 16 anos de prisão e outro a 17).

Tanto Pereira Cristóvão como Mustafá recorreram da decisão, à semelhança do que fizeram outros arguidos, no entanto, o Tribunal da Relação de Lisboa manteve as penas, tal como consta no acórdão a que o Observador teve acesso.

“Acordam os juízes que compõem a 3ª secção do Tribunal da Relação em julgar não providos os recursos interpostos pelos arguidos Cláudio Raposo Máximo, Elói Alexandre Machado Fachada, Emilson Tiago Cabi Vaz (a 17.02), Celso Pedro Augusto, Nuno Miguel Rodrigues Vieira Mendes, Mário Hugo Teixeira Lopes, Bruno Miguel Machado, Martins Pereira, Paulo António Pereira Cristóvão, Paulo Alexandre dos Santos e Luís Manuel Emídio da Conceição, mantendo, assim, na íntegra a mui douta decisão recorrida”, lê-se no respetivo documento.

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Ex-inspetor da PJ Pereira Cristóvão e Mustafá condenados a penas de prisão superiores a seis anos

À data da condenação, em 2019, os 17 arguidos foram acusados pelo Ministério Público de pertencerem a uma rede criminosa de assaltos violentos a residências na Área Metropolitana de Lisboa. De acordo com a Lusa, estavam em causa os “crimes de associação criminosa, roubo, sequestro, posse de arma proibida, abuso de poder, violação de domicílio por funcionário e falsificação de documento”.