A UEFA anunciou esta quinta-feira que instaurou um procedimento disciplinar à seleção inglesa na sequência do jogo da meia-final do Euro 2020 contra a Dinamarca, disputado esta quarta-feira em Wembley, Londres. Na origem do processo está o facto de um adepto inglês ter apontado um laser a Kasper Schmeichel, guarda-redes dinamarquês, quando este se preparava para defender uma grande penalidade marcada por Harry Kane.

O momento aconteceu na primeira parte do prolongamento. Sterling foi derrubado em falta por Maehle, na grande área da Dinamarca, e Harry Kane foi chamado a converter a grande penalidade. Nesse momento, as imagens da transmissão televisiva permitiram perceber que uma luz verde, originária de um laser, estava a ser apontada diretamente para a cara de Kasper Schmeichel com o objetivo de distrair o guarda-redes e dificultar a resposta ao remate do avançado.

A polémica em Wembley: estavam duas bolas em campo no lance do penálti sobre Sterling?

Schmeichel acabou por conseguir defender o remate inicial de Kane, apesar disso, mas permitiu o golo do avançado na recarga — um momento que acabou por garantir a presença de Inglaterra na final do Euro 2020 e a consequente eliminação da Dinamarca. No comunicado, a UEFA explica que Inglaterra é acusada de “perturbação causada pelos seus apoiantes durante o hino nacional” dinamarquês e pela utilização de “fogo de artifício” por parte dos seus adeptos. “O caso será tratado pelo Órgão de Controlo, Ética e Disciplina da UEFA em devido tempo”, acrescentava a nota.

De recordar que o momento da grande penalidade está envolto em várias polémicas, para além do laser: para lá de a alegada falta de Maehle sobre Sterling ser muito duvidosa, embora confirmada pelo VAR, as imagens televisivas permitem perceber que estavam duas bolas em campo na altura do lance, algo que o selecionador da Dinamarca avançou logo após o final do jogo. Ou seja, a jogada não poderia ter sido validada.

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