As exportações de têxteis e vestuário aumentaram 17,7% nos primeiros cinco meses do ano, para 2.195 milhões de euros, mas ficaram ainda 2,1% abaixo do valor alcançado em 2019, segundo a associação que representa o setor.

Em comunicado, a ATP — Associação Têxtil e Vestuário de Portugal dá conta do aumento das exportações do setor até maio, face ao período homólogo anterior, que foi fortemente impactado pela pandemia, referindo “exportações a várias velocidades”.

Segundo os dados esta sexta-feira publicados pelo INE, “o vestuário em tecido foi a categoria de produtos que registou pior performance”, ao registar uma queda em valor de 119 milhões de euros exportados, equivalente a um recuo 28%, comparativamente com 2019. Inversamente, “o vestuário em malha registou um aumento de 32 milhões de euros (ou seja, +3,5%), de 2019 para 2021″, refere. Do lado das matérias-primas, as fibras sintéticas ou artificiais descontínuas foram as que sofreram maior quebra: menos 21 milhões de euros (-16%) exportados, comparando 2021 com 2019.

Por outro lado, as exportações de matérias-primas de algodão aumentaram 18,5%, exportando mais 12 milhões de euros, nos cinco primeiros meses de 2021, quando comparado com 2019, lê-se no comunicado. Os outros têxteis confecionados, entre os quais se incluem os têxteis-lar, estiveram igualmente em destaque, com um acréscimo de 79 milhões de euros (+32%), sobretudo devido ao aumento de 44 milhões de euros (+23%) registado na roupa de cama, mesa, toucador ou cozinha.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Indústria têxtil e vestuário pede mecanismos fiscais que promovam consolidação de empresas

Em termos de destinos das exportações, a ATP destaca a França, mercado que cresceu 13% até maio face a 2019 (um acréscimo de 38 milhões de euros) e os EUA,  (o equivalente a 31 milhões de euros). Espanha continua a liderar a tabela dos destinos com maiores quebras, com uma diminuição das exportações de 166 milhões de euros, de 2019 para 2021, refere ainda a associação de empresas no comunicado.

As exportações e importações aumentaram 54,8% e 52,6%, respetivamente, em maio e em termos nominais, face ao mesmo mês de 2020, em que o impacto da pandemia se fez sentir de forma “bastante intensa”, divulgou esta sexta-feira o INE. De acordo com as estatísticas do comércio internacional, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “em maio de 2021, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de +54,8% e +52,6%, respetivamente (+82,1% e +61,3%, pela mesma ordem, em abril de 2021)”.