Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram, estão a ser e serão sempre os Jogos Olímpicos de Simone Biles. A ginasta norte-americana, através da coragem e da forma como não pede desculpa por procurar aquilo de que precisa, colocou o mundo inteiro a falar sobre aquilo que realmente interessa: o bem-estar, físico e psicológico, daqueles que achamos que não sofrem com as derrotas nem têm problemas de auto-estima. 

Horas depois de conquistar a medalha de bronze na trave, a única final individual em que participou após as retiradas dos eventos do All Around, das paralelas, dos saltos e do solo, Simone Biles recorreu ao Instagram para fazer um balanço de Tóquio 2020. Aquela que é considerada a melhor ginasta de todos os tempos sai destes Jogos Olímpicos com duas medalhas, já que também conquistou a prata com os Estados Unidos na final por equipas, e fica com um palmarés de sete medalhas olímpicas depois das cinco que ganhou no Rio de Janeiro.

“Não foi a forma como imaginei ou sonhei que os meus segundos Jogos Olímpicos iam correr mas sinto-me abençoada por representar os Estados Unidos. Vou estimar esta experiência olímpica única para sempre. Obrigada a todos pelo amor infindável e pelo apoio. Estou verdadeiramente grata. Deixar Tóquio com mais duas medalhas olímpicas para acrescentar à minha coleção não é assim tão mau!”, escreveu a atleta de 24 anos, que vincou precisamente o facto de ter agora sete medalhas olímpicas.

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De recordar que ainda não é totalmente certo se Simone Biles vai ou não estar presente nos próximos Jogos Olímpicos, em 2024. Nos meses que antecederam os Jogos de Tóquio, a ginasta disse em várias entrevistas que não pretendia ir a Paris — até porque achava que o próprio corpo, depois de anos consecutivos de treinos e competições, não iria permitir. Ainda assim, Biles não voltou a comentar o assunto nas últimas semanas e ainda não apresentou uma decisão oficial sobre a continuidade (ou não) da carreira olímpica.

A sustentável leveza de um ser que é feliz a fazer o que mais gosta: o dia em que Simone voltou (e em que a medalha foi o menos importante)