Em Abril,  foi levantado um processo perante o Supremo Tribunal de Nova Iorque contra a Porsche SE, abreviatura de Porsche Automobil Holding SE, que representa os interesses da família Porsche, a qual controla 31,4% das acções do Grupo VW, a Volkswagen AG, mas com a maioria dos votos na administração. O tema (ainda) está relacionado com o escândalo Dieselgate, que rebentou em 2015, tendo o grupo admitido ter utilizado software fraudulento em 11 milhões de veículos.

O assunto tornou-se agora público porque a Porsche SE, no seu relatório semestral, teve de registar a existência do processo, não identificando os queixosos, justificando-se com o facto de a acção não lhe ter sido ainda comunicada. Ainda assim, confirmou que “os queixosos afirmam ser accionistas da Volkswagen AG e a agir em benefício da Volkswagen AG”, de acordo com a Reuters.

Este não é o primeiro processo dos accionistas do Grupo VW contra a empresa e a administração, nomeada pela família, e contra a própria Porsche SE, que detém a maioria dos votos, embora não controle a maioria do capital, uma vez que os pequenos accionistas já os acusaram no passado de terem lesado os seus interesses por a Volkswagen AG ter sido obrigada a pagar, até agora, 32 mil milhões de euros em processos, compensações e multas, a esmagadora maioria dos EUA.

Com cerca de 4,1 mil milhões de euros em processos a aguardar decisão, o que poderá demorar mais uns anos do lado de cá do Atlântico, os accionistas minoritários parecem agora ter-se concentrado nos EUA, onde a justiça é mais célere e dura.

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