A cabeça de lista da CDU à Câmara de Braga, Bárbara Barros, acusou esta quarta-feira a maioria de direita que governa aquele município de, desde a primeira hora, ter desrespeitado “em absoluto” os direitos dos trabalhadores municipais.

Em declarações à Lusa após ações de campanha junto de trabalhadores municipais, Bárbara Barros aludiu à “teimosia ideológica” da maioria liderada por Ricardo Rio, dando como exemplo, desde logo, a aplicação das 40 horas semanais, regime de que só abdicou após sentença do tribunal.

“Desde o início do mandato, em 2013, que esta câmara não tem respeitado, em absoluto, os direitos dos trabalhadores. São muitos os exemplos de um tratamento muito desfavorável ao trabalhador, que é absolutamente reprovado pela CDU”, frisou.

Segundo adiantou, o município, depois da sentença que obrigou à adoção das 35 horas semanais, assinou um acordo com o sindicato para pagar as horas trabalhadas a mais aos trabalhadores de todo o universo municipal, “mas só está a fazê-lo com os trabalhadores diretamente contratados pela câmara”.

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“Não está a cumprir para os trabalhadores das empresas municipais”, acusou Bárbara Barros.

A cabeça de lista da coligação que junta o PCP e Partido Ecologista Os Verdes (PCP/PEV) disse ainda que, durante a pandemia, os trabalhadores que ficaram em regime de disponibilidade em casa começaram por não receber o subsídio de alimentação, uma situação que, entretanto, foi revertida.

“A câmara, mais uma vez teimosamente, em nome de um equilíbrio financeiro que não conseguimos perceber, optou por privar aqueles trabalhadores do subsídio de alimentação“, criticou.

O programa da CDU elege como um dos eixos prioritários a valorização do trabalhador municipal, o que, segundo Bárbara Barros, deverá passar, desde logo, pela revogação do sistema de avaliação Siadap.

“É um processo profundamente injusto de avaliação, sendo que uma das nossas propostas para valorizar os trabalhadores é precisamente revogar este sistema de avaliação injusto”, referiu.

Para a candidata comunista, o caminho a seguir deve ser a “valorização das carreiras dos trabalhadores”.

“Na nossa forma de estar, entendemos que qualquer governo local deve servir os trabalhadores e a população do concelho acima de tudo”, disse ainda Bárbara Barros.

Nas eleições de 26 de setembro, os cabeças de lista à câmara de Braga são Ricardo Rio (coligação PSD/CDS/PPM/Aliança), Hugo Pires (PS), Bárbara Barros (CDU), Alexandra Vieira (Bloco de Esquerda), Teresa Mota (Livre), Olga Baptista (Iniciativa Liberal), Rafael Pinto (PAN) e Eugénia Santos (Chega).