Poucas horas depois de ser conhecido o aumento extraordinário das tarifas elétricas no mercado regulado a partir de 1 de outubro, o Ministério do Ambiente e Ação Climática anunciou 25 milhões de euros para apoiar as indústrias que são grandes consumidoras de eletricidade.

As duas coisas não estão diretamente associadas, mas na sua origem está o mesmo problema: a alta imparável dos preços da eletricidade no mercado grossista. No caso das empresas foi assinada uma portaria que cria um mecanismo de compensação dos custos indiretos de CELE (comércio de licenças de CO2) que penalizam as empresas que têm de cobrir as emissões de gases de efeito estufa com a compra de licenças.

O Governo diz que a medida irá beneficiar 28 unidades industriais de consumo intensivo de eletricidade e enquadra-a como “uma das iniciativas do Governo para apoiar as empresas num contexto de elevados preços de eletricidade no mercado grossista”. Mas a iniciativa sabe a muito pouco à associação que representa as grandes indústrias consumidoras de energia. Esta associação representa, entre outras, as grandes unidades de siderurgia, cimentos, setor químico e celulose (como a Navigator que já admitiu — em declarações ao Eco — cortar investimento face ao custo da energia) que são também importantes exportadores.

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