O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) propôs em julho que os cerca de 140 trabalhadores da refinaria de Matosinhos participassem numa formação elaborada “à medida”, com a Galp a assegurar os ordenados durante esse período. O objetivo era evitar o desemprego por mais uns meses. A empresa recusou, noticiou o Público (artigo para assinantes). O despedimento coletivo foi oficializado a 15 de setembro.

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social confirmou ao jornal que na última reunião de negociações entre a comissão de trabalhadores da Petrogal, a administração da Galp, a Direção-Geral do Emprego e das Relações Laborais (DGERT) e o IEFP, em julho, a representante deste último organismo apresentou uma proposta “reforçada pelo representante da DGERT” que consistia na “possibilidade de o IEFP elaborar um programa de formação de ativos empregados à medida dos perfis de cada um dos trabalhadores”.

Em contrapartida, a empresa devia manter “o vínculo” laboral e continuar “a assegurar a remuneração” dos empregados. “Tal solução não foi aceite”, confirmou o Ministério do Trabalho. O Público questionou a Galp sobre a decisão, mas não foi possível obter um comentário.

Em dezembro do ano passado, a Galp decidiu acabar com a produção de combustíveis na refinaria de Matosinhos, que iniciou atividade em 1969, que passará a funcionar apenas como centro logístico, de armazenamento e de distribuição. Desde outubro que a produção de gasolina e gasóleo estava suspensa e o terminal oceânico onde se faziam as descargas de crude por navio desativado, lembrou o Público.

Na altura, a empresa disse que avaliaria “as soluções maias adequadas para os cerca de 400 colaboradores afetos às operações em Matosinhos”. O despedimento coletivo de cerca de 140 trabalhadores oficializou-se no passado dia 15 de setembro.

Artigo atualizado às 8h50

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR