A Transtejo/Soflusa (TTSL) registou esta quinta-feira uma adesão à greve, no período da manhã, de 71% de acordo com informação da empresa, enquanto o sindicato indicou à Lusa que “toda a frota esteve parada”.

Os trabalhadores das duas empresas (com uma administração comum), que fazem as ligações fluviais entre a denominada Margem Sul (do Tejo) e Lisboa, cumprem esta quinta-feira o último de três dias de greve parcial, que prevê novo condicionamento do serviço de transporte ao final da tarde.

De acordo com dados da empresa, no período da manhã, a adesão à greve dos trabalhadores foi de 71%, com uma adesão de 76% na Transtejo e de 63% na Soflusa.

As carreiras de serviços mínimos, decretadas pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social, para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas, foram cumpridas e registaram uma procura idêntica ao dia anterior, segundo a TTSL.

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Relativamente à procura registada, a empresa diz que a carreira Barreiro — Terreiro do Paço (5h05) transportou 570 passageiros e a de Cacilhas — Cais do Sodré (5h20) 147.

“A retoma da ligação fluvial Barreiro — Terreiro do Paço foi antecipada para as 9h20, permitindo o transporte de 625 passageiros durante o período previsto de interrupção. Já a primeira carreira após interrupção (11h25) transportou 333 passageiros”, adiantou a empresa.

A primeira carreira da ligação fluvial Cacilhas — Cais do Sodré realizou-se no horário previsto (09:20) e transportou 321 passageiros.

Por sua vez, num balanço feito esta quinta-feira de manhã à Lusa, Paulo Lopes, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), disse “que as carreiras da TT/SL [Transtejo/Soflusa] estiveram todas paradas.

Paulo Lopes lembrou que na sexta-feira será iniciada a greve ao trabalho extraordinário, mas só na Transtejo.

Na terça-feira, o sindicalista disse à Lusa que “esta paralisação não tem nada a ver com a administração, mas sim com o Governo do Partido Socialista, que insiste nesta política de não valorizar os salários”.

Paulo Lopes disse também que o Governo “quer manter mais um ano de congelamento de salários, não aceitando o subsídio proposto mais a valorização salarial”.

Segundo a Transtejo/Soflusa, o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) decretou serviços mínimos apenas para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas, nos seguintes horários: do Barreiro para o Terreiro do Paço às 5h05, do Terreiro do Paço para o Barreiro às 5h30, de Cacilhas para o Cais do Sodré às 5h20 e do Cais do Sodré para Cacilhas às 5h35.

Os trabalhadores das duas empresas (com uma administração comum), que fazem as ligações fluviais entre as duas margens do Tejo na região de Lisboa, estiveram em greve de três e duas horas por turno no dia 20 de maio e voltaram a paralisar em junho e julho em greve parcial.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.