O Governo da Albânia declarou esta sexta-feira emergência energética, devido à crise de energia que atinge a Europa, e anunciou que o preço da eletricidade está a subir, após ter permanecido estável no país desde 2015.

“Hoje realizámos uma reunião extraordinária do Governo para tomar a decisão de declarar uma emergência no fornecimento de eletricidade”, disse aos jornalistas o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, comparando a situação com a da pandemia da Covid-19 por afetar todos os países, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

A declaração de emergência, imposta pela subida generalizada e vertiginosa do preço da eletricidade nos mercados internacionais, permite ao Governo intervir com instrumentos financeiros e administrativos para fazer face à situação, indicou Rama.

Adiantou que no sábado será precisada a ajuda a dar para proteger especialmente os mais vulneráveis, famílias pobres e pequenos negócios.

Rama disse que “os preços não voltarão ao nível atual” após a crise, que segundo especialistas atingirá o pico em meados do próximo ano.

Desde 2015, quando o preço da energia subiu pela última vez, o Governo albanês subsidia os consumidores necessitados com cerca de 26 milhões de euros anualmente.

O primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, atribuiu esta sexta-feira o alto preço da energia às mudanças climáticas e às políticas ambientais da União Europeia.

“Os burocratas de Bruxelas decidiram que para proteger o meio ambiente se deve aumentar os preços da energia, sejam carvão ou gás”, disse Orban à rádio pública Kossuth, adiantando que “o comissário (Frans) Timmermans [vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pelo Pacto Verde] ameaça os europeus com preços altos”, sem precisar as acusações.

Orban sublinhou que “Bruxelas hoje é o problema e não a solução”, prometendo que “lutará” com a Polónia e a República Checa para mudar as políticas energéticas da UE.

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