O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou esta sexta-feira que a direção do partido na região autónoma vai manter uma “posição de neutralidade” face aos candidatos que disputam a liderança nacional, Rui Rio e Paulo Rangel.

“Não nos vamos pronunciar porque não queremos que haja fraturas partidárias neste momento”, disse o líder regional, sublinhando que, na Madeira, “o presidente do partido, o secretário-geral e o líder parlamentar são absolutamente neutros nesta situação”.

Miguel Albuquerque, que é também presidente do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP, falava à margem de uma visita a uma empresa no Parque Empresarial da Zona Oeste (PEZO), em Câmara de Lobos, tendo indicado que já comunicou a posição da estrutura madeirense aos dois candidatos.

O líder do PSD/Madeira antecipou que a “posição de neutralidade” deverá também ser assumida pelo presidente da estrutura dos Açores, Manuel Bolieiro, também chefe do governo do arquipélago.

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“É importante termos esta posição face a uma eleição que vai ser altamente disputada”, declarou.

Miguel Albuquerque disse, no entanto, estarem garantidas “todas as condições” para os candidatos e os seus mandatários fazerem a “campanha que muito bem entenderem junto das bases” na Madeira.

“Somos um partido livre, somos um partido plural, queremos e entendemos que esta eleição é importante, porque quando há dúvidas sobre a liderança o melhor é dar a palavra às bases”, disse, acrescentando: “É isso que vai ser feito: os militantes vão votar livremente.”

As eleições diretas para presidente da Comissão Política Nacional do PSD estão marcadas para 04 de dezembro (com uma eventual segunda volta no dia 11, caso nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% dos votos, o que só poderá acontecer se existirem pelo menos três) e o 39.º Congresso entre 14 e 16 de janeiro no Centro de Congressos de Lisboa.

Até agora, anunciaram a sua candidatura o eurodeputado Paulo Rangel e o atual presidente Rui Rio.